Regresse às aulas com o espírito do Hotel Estrela. Um alojamento de charme, situado entre a Estrela e Campo de Ourique. Projectado pela Arq. Teresa Nunes da Ponte e com interiores criados por Miguel Câncio Martins, o hotel recria o ambiente das antigas escolas, proporcionando uma experiência original. Tem 19 quartos, muitos com vista para o rio e dois equipados com camas Hastens (considerada a marca das melhores camas do mundo). A unidade ocupa o antigo palácio dos Condes de Paraty, um espaço especial, confortável e intimista. Com uma vertente formativa, parte do staff do hotel pertence à Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.
No restaurante Cantina da Estrela poderá voltar aos bancos de escola, num ambiente original e com uma cozinha criativa e assumidamente descontraída. O preço? Você decide, em função da sua satisfação.
O Hotel da Estrela é membro da Small Luxury Hotels of the World e é gerido pelo grupo Lágrimas Hotels.
As salas de aula à moda antiga inspiraram este hotel de charme onde cada recanto nos faz lembrar a primária e até a “cantina” do hotel submete-se à avaliação dos clientes. A campainha das memórias já tocou. Vamos lá descobrir este hotel com a escola toda…
O baú das recordações começa a abrir-se assim que flanqueamos a porta do antigo Palácio dos Condes de Paraty e, de um momento para o outro, voltamos a sentir-nos pequeninos. A culpa não é das dimensões generosas do átrio mas dos 1001 objectos que trazem de volta o imaginário dos primeiros tempos de escola.
Cada um dos quadros de ardósia, das secretárias em madeira ou dos bibes pendurados em cabides tornam-se peças deste puzzle de memórias em que até a recepcionista do hotel ganha o papel (involuntário) de senhora professora. Assinemos, então, o livro de ponto… perdão… a ficha de cliente.
Só aos poucos nos apercebemos que neste “hotel de bairro” (a meio caminho entre a Estrela e Campo de Ourique) também há lugar para a modernidade, como mostra a zona de bar situada mesmo por trás do átrio de entrada. E aqui serve de exemplo uma estante de design contemporâneo que guarda várias relíquias, como livros escolares, esquadros e compassos ou uma velhinha máquina de escrever.
A escolha desta iconografia foi tudo menos inocente. Desde logo porque o edifício albergou durante longos anos a antiga Escola Industrial Machado de Castro mas sobretudo porque ali mesmo ao lado funciona actualmente a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.
E se o primeiro factor serviu de mote à decoração de interiores, assinada por Miguel Câncio Martins, a segunda foi sabiamente aproveitada pelo Grupo Lágrimas (o concessionário do hotel) que, em boa hora, chamou ao trabalho vários alunos da instituição vizinha.
Os receios de sermos atendidos por “aprendizes de feiticeiro” desaparece rapidamente e, tendo em conta o serviço e a originalidade do espaço, a classificação de quatro estrelas até parece pecar por defeito. Caso contrário, esta unidade de charme nunca teria sido recebida de braços abertos pela “Small Luxury Hotels of the World” (uma rede internacional de referência) ou eleita pela revista Condé Nast Traveller como um dos melhores novos hotéis de todo o mundo em 2011.