A Casa e a Ermida de Santa Catarina, em Santa Eulália, têm localização privilegiada na Herdade da Rocha, propriedade de grande beleza paisagística, banhada pelas águas da Albufeira do Caia e integrada na Rede Natura 2000.
Ao pequeno-almoço servem-se sumo de laranja natural, pão fresco, compotas, mel, fruta, bolos regionais (dobradiças), leite chás, café e iogurtes. Por encomenda preparam-se cestos com merenda para levar para o seu passeio a pé pelas margens da albufeira ou nos caiaques de duas pessoas.
Santa Eulália, em Elvas, é o último rasto de civilização antes de chegarmos à Casa da Ermida de Santa Catarina que nos vai acolher. A Estrada Nacional 243 sinaliza depois o desvio de três quilómetros por um estradão de terra batida que qualquer viatura ligeira vence. E aqui começam as surpresas. Integrada na Rede Natura 2000, esta é uma zona singular para observação de aves e outros animais tímidos de rara aparição como lebres, javalis, perdizes, sisões e aves de rapina.
Herdade da Rocha é o nome do lugar e Casa da Ermida de Santa Catarina a denominação com que baptizaram esta casa de campo, numa homenagem ao templo quinhentista que se situa na propriedade de 80 hectares.
Completamente isolado, onde só os solitários chegaram para viver, a singularidade deste típico monte alentejano do século XIX está na localização privilegiada que ocupa: uma península banhada pelas águas da albufeira do Caia.
Assim sendo, a piscina não é para aqui chamada. O rio faz as suas vezes e é uma autêntica pista de muitos quilómetros disponível para desportos aquáticos sem motor, como vela, windsurf ou canoagem. A casa disponibiliza caiaques e uma chata - uma barcaça larga e pouco funda – que leva até três pessoas em passeios pelo Caia. Atraquemos...
Amor à primeira vista
Carlos Guedes de Amorim sabe da poda. O proprietário, arquitecto de profissão, conjugou as paredes envidraçadas – que sorvem a paisagem para o interior da sala – com a arquitectura tradicional da região, reproduzindo um Alentejo ligado à terra e ao rio.
Nesta mistura de duas realidades, há peneiras, barros de Nisa e garrafões de tamanhos invulgares que fazem o elogio ao Alentejo mas também redes de pesca penduradas. É, afinal, nas margens desta barragem que se realizam anualmente diversos campeonatos de pesca.
O primeiro suspiro vai para a panorâmica, mas depois de deleitados com as vistas, uma vistoria ao local revela pormenores deliciosos como a escultura feita à base de telhas vidradas e que, à parte da sua cor verde, faz lembrar as escamas dos peixes do Caia. Ali estão 600 telhas, 1500 parafusos, 50 metros de ripa e uma semana e meia de trabalho. É obra!