Casa senhorial situada num dos mais belos miradouros de Portugal. Os quartos são extremamente confortáveis, decorados com bom gosto e requinte. Ideal para descobrir a histórica cidade de Santarém.
Acessos: A 85 km de Lisboa. N114; A1; E01Um curioso passado histórico
Em Santarém, mesmo ao pé das Portas do Sol, descobrimos a Casa da Alcáçova. É uma bonita casa brasonada que se debruça sobre a muralha medieval, que surge na continuação do castelo.
Apesar da sua dimensão e ao contrário do que seria de esperar, não possui capela, devido à vizinhança da importante Igreja de Santa Maria de Alcáçova. Curiosamente, segundo os dados históricos, o padre local registou 20 pessoas que habitavam a casa em 1700, porém em 1850 apenas lá vivia a proprietária e a sua empregada. São fait divers interessantes num espaço que oferece uma óptima qualidade no serviço.
Passando os portões, deparamo-nos com um pátio onde ainda resistiu ao tempo parte de uma antiga muralha romana, sob a qual os proprietários resolveram fazer uma sala multi-usos, para reuniões de empresas e festas.
À direita, fica a casa, imponente, onde ao entramos para descobrirmos os nossos aposentos. O mordomo recebe-nos à porta e apesar de não ser lá muito dado a conversas, é eficiente. Enfim, allegro ma non troppo.
Um passeio matinal
De manhã, abeiramo-nos do portão gradeado que se rasga sobre a muralha. Há um detalhe engraçado, que é ter de recolher a grande chave pendurada no muro para o abrir. Depois, caminha-se por entre a muralha medieval, num pequeno terraço, com o imenso Vale de Santarém com pano de fundo. São milhares de hectares que a vista aflora de campos de cultivo, verdejante, com uma significativa linha de água que os atravessa serpenteando pelo horizonte fora, o rio Tejo.
Orientada para norte, do cimo da casa é possível também observar cá em baixo a estação de comboios de Santarém, com a sua respectiva secção museológica e a imponente locomotiva a vapor. Um local inspirador, de onde talvez o próprio George Simenon poderia ter escrito O homem que via passar comboios.
Depois, volta-se a entrar e descobre-se a piscina, pequena por sinal, mas que serve perfeitamente para nos refrescarmos nos abrasadores dias de sol ribatejano.