Situada na aldeia de Souto de Lafões, esta casa de turismo rural oferece um acolhimento familiar em pleno ambiente campestre. Em redor, vale a pena partir à descoberta da beleza das serras da Gralheira, Caramulo e Freita. Imponente e senhorial, construída a granito e madeira, está decorada de um modo clássico e intemporal, oferecendo aos hóspedes a sensação de se terem evadido no tempo e no espaço.
Acessos: Sentido Viseu-Aveiro, tomar a IP5 e sair à indicação das placas de S. Pedro do Sul e Vouzela. Seguir em direcção a Oliveira de Frades. Antes encontra uma placa que indica Souto de Lafões, segui-la. Como a casa ainda não está assinalada, convém ligar à Dona Cremilde que se puder estará à espera no portão. De Aveiro para Viseu sair de acordo com a advertência da placa Oliveira de Frades e Caramulo. Depois segue-se Souto de Lafões.Pela manhã começa o dia
Acordar no campo é sempre um acontecimento. Até as coisas mais banais ganham outro sentido. O fumo exalado pela enorme chaminé faz um convite descarado. O pequeno-almoço deve estar pronto. Deve não, está. Nos corredores cheira a bolo fresco. O que haverá mais? Sumo de laranja natural, feito com alguns frutos da quinta, leitinho com a temperatura a gosto, panqueca de maçã com pinhões e kiwi, pão e croissants. Ainda requeijão, compota e queijo da serra amanteigado a derreter-se por uma dentada, ou então uns ovos mexidos acabados de sair da frigideira. Quanta coisa boa e saborosa. Acompanha-nos nesses instantes o fogo da salamandra. Apesar de estar nos planos uma tarde passada à beira da piscina (se o tempo não nos trocar as voltas), sabe sempre bem uma lareira acesa pela manhã. Faz lembrar os tempos em que mais do que aquecimento, esse era o local de cozedura dos alimentos, por isso a chama tinha que estar quase sempre acesa.
Na antiga cozinha de granito onde a refeição é saboreada, ouve-se a cantilena da água que escorre continuamente. A cantora brasileira chamava-lhe barulho bom e cá para nós não se enganou. Por toda a quinta há água em abundância que sacia a sede às camélias, às glicínias e a outras flores, plantas e até árvores de onde se pode colher o fruto, passá-lo por água e comê-lo ali mesmo. E como a Primavera já veio para ficar (apesar das chuvas), na pequena horta começam a romper as primeiras verduras.
Granito por fora, madeira por dentro
Com corpo de granito, mas de coração quente e acolhedor forrado a madeira, assim é a Casa d'Aldeia. A anfitriã Cremilde define o espaço como o seu projecto de vida onde depositou amor "desde a tábua do chão à telha do tecto". Esse sentimento transparece. Esta casa solarenga de arquitectura típica beirã, sóbria no traço e recta nas linhas, é um reduto de sossego, sem que tal signifique monotonia. O salão de jogos na cave é um espaço para ser usado e abusado. Os sofás acolhem os mais cansados e a música ou a televisão fazem de banda sonora dos desafios que se avizinham. A mesa de snooker pede jogo. Essa e uma outra mais discreta mas que entretém durante horas a fio. A pequena mesa que poderia servir para poiso de copos, desmonta-se e fica a ser a rainha dos jogos de tabuleiro. Cada camada corresponde a um jogo diferente. Bridge, cartas, damas, xadrez e até roleta russa. Para os mais friorentos, ou simplesmente para criar ambiente, a lareira está pronta a ser acesa. Para aquecer ainda mais, se o tempo fizer das suas, a chaleira está à disposição dos clientes todo o dia e toda a noite. Chá quentinho a toda a hora.