A caravela Santa Bernarda, com cerca de 23 metros de comprimento, dois mastros e o mais moderno equipamento, realiza vários passeios que mostram o melhor da costa Algarvia.
Observações: Outro contacto: 967 023 840;Rio abaixo
Por volta das nove e meia a distinta Caravela de Santa Bernarda aporta junto ao antigo cais das sardinhas em Portimão. De velas recolhidas, desliza pelas águas tranquilas impulsionada pelo ribombar do motor. É seguida de perto por dois pequenos barcos a motor, como se fossem dois batedores que rastreiam o sulco de espuma deixado na água pela caravela.
Aporta no cais, e ao ritmo de conta gotas, os turistas inscritos no passeio vão subindo a bordo, não sem antes passarem pelo crivo do capitão. Este vai confirmando a lista de nomes e num português com um carregado acento germânico, lá diz bom dia, ou mesmo gutten morgen, quando encontra algum compatriota.
Já todos a bordo, o grupo distribui-se de acordo com as afinidades pelos vários bancos de madeira forrados e a espuma e napa. Sentados e refastelados, começam as explicações em alemão, inglês e português sobre o uso do colete salva-vidas, a localização do bar e das casas de banho, ou a relembrar-nos que não se deve poluir o oceano. Mais uma dica do género “as saídas de emergência são ali” e pensaríamos estar dentro de um avião e mesmo sem os cintos de segurança, o bem estar dos passageiros não é descurado um minuto. Ainda bem.
A costa do barlavento
É uma costa recortada e perfurada pela erosão. Das íngremes falésias com mais de 30 metros de altitude, sobressaem algumas raras casas de felizardos por ter uma vista assim, mas também uns quantos moinhos antigos, onde os oleiros aproveitavam as constantes correntes eólicas para transformar o cereal em farinha.
A seguir à praia da Rocha, uma zona muito procurada pelos mergulhadores, avistamos vários turistas a praticar a modalidade. De fato de borracha preto, barbatanas e óculos, lá vão eles a estudar o fundo do mar. Só se avista o snorkel, o tubo que permite respirar sem botija, mas por motivos de segurança, trazem atrás de si uma bóia laranja florescente, que flutua no seu encalço. Até causa inveja, vê-los ali tão entretidos, assim como os veraneantes que nos acenam da praia, ao verem tão bonito barco.