Restaurante de ambiente acolhedor e familiar, a servir especialidades da cozinha regional portuguesa.
Acessos para deficientes: NãoUma referência de simpatia caseira
Cozinha à moda de casa, servida com muita simpatia em ambiente familiar??
Não é preciso procurar muito. Encontra-a em Matosinhos nesta casa de reduzidíssimas dimensões, na rua homónima, perpendicular à linha do mar entre a Rua Heróis de França e a Avenida Serpa Pinto. Em épocas menos agrestes das noites matosinhenses é facilmente detectável pelos pequenos agrupamentos que, à maneira espanhola bebem um aperitivo à espera de um lugar livre.
O aperitivo mais comum dá pelo nome de “lambreta” e pode constar da modalidade vinho verde ou cerveja tirada à pressão. E mesmo continuando na rua, arranjam-lhe maneira de servir umas fatias de presunto, broa caseira, tripa enfarinhada, entrecosto assado na brasa ou mesmo pataniscas acabadas de fritar.
Dentro, numa área exígua, nas pequenas mesas redondas quase que confraternizam fieis da casa, residentes próximos e os que já conhecem a vantagem de uma deslocação mais longa para uma refeição que vale a pena. Com artes quase de malabarismo move-se entre as mesas, não falhando o serviço, o casal proprietário que, neste registo, sabe bem que a personalização da clientela é um trunfo seguro. A cozinha, engenhosamente enquadrada nesta pequena dimensão, baseia-se na grelha e, inesperadamente na fritura e no forno. Retomando à mesa as entradas referidas acrescentem-se-lhe o camarão da costa bem fresco ou o marisco que houver disponível e transfira-se da referida “lambreta” para um vinho. Onde a escolha apresenta uma margem curiosa de hipóteses, desde a mais simples a algumas sofisticações actualizadas. E, outra surpresa, com os copos possíveis na adequação ao pedido efectuado.
Produtos do mar
Em Matosinhos e cumulativamente próximo da lota, o peixe tinha de marcar presença. E fá-lo bem, grelhado com acompanhamento à escolha, sem esquecer as saladas nesta época mais propícia. O bacalhau, numa versão de maior peso, também se faz representar. Os produtos, referimo-nos aos tubérculos e ao azeite complementar, são de boa escolha.
Agora do forno, fica a referência especial para o robalo, de origem marítima, a esperar com a antecedência merecida, cerca de 40 minutos, assado com controle de mão experiente, com batatas, tomate, o toque de rodelas de cebola devido, a realçarem o sabor genuíno do peixe.
O arroz de tamboril e de marisco, também com tempo de espera adequado à confecção na altura, são duas outras provas merecidas da Petisqueira do Godinho.
Para os apreciadores resistentes, a açorda de marisco não deixa ficar mal a casa.
Com a aproximação da época Joanina, as sardinhas, mais uma vez reveladoras da experiência de quem grelha são, com os acompanhamentos devidos, outra tradição a experimentar.