124º

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Restaurante O Poleiro

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O Poleiro pratica uma cozinha tradicional, com pratos típicos das várias regiões do país. Tem várias salas, embora pequenas, de ambiente simples e acolhedor, com boa apresentação. Serviço eficiente e profissional, numa casa que se revela uma opção sempre segura.

Acessos: Metro: Entrecampos
Acessos para deficientes: Não
Ambiente e decoração: Ambiente simples e acolhedor.
Dia(s) de Encerramento: Domingos
Especialidades: Entradas: Peixinhos da Horta; Fritinhos de beringela; Alheira do Barroso na grelha; Chouriça de Montalegre; Petinguinha frita com broa de milho; Salada de polvo e Figos com presunto pata negra. Sopas: Gaspacho; Açorda com Bacalhau e ovo e Sopa de grelos. Peixe: Parrilhadas de peixe; Pataniscas de bacalhau com arroz de grelos; Massada de lombinhos de tamboril com coentros; Bacalhau frito com arroz de feijão; Arroz de cherne com gambas; Arroz de choco com tinta à pescador; Arroz de Línguas de bacalhau com coentros; Cabeça de garoupa na grelha com molho de ervas ou de coentrada com arroz de alho (encomenda). Carne: Parrilhadas de carne; Carne de porco frita com arroz de favas; Cabrito assado no forno com batatas; Coelho frito com açorda de coentros (encomenda) e Barriguinha de porco grelhada com massa e Perdiz com castanhas e arroz defrutos secos (por encomenda). Doces: Encharcada; Quente e frio de natas; Tarte de gila com amêndoas; Leite-creme e Pudim do Abade de Priscos.
Estacionamento: Sim
História: Manuel e Aurélio Martins, dois irmãos, que vieram para Lisboa ainda jovens e com vontade de apostar na área da restauração. O seu primeiro restaurante foi a Adega da Tia Augusta. Em 1985 inauguraram O Poleiro, situado onde em tempos existiu uma antiga mercearia. Apresenta uma cozinha de confecção primorosa baseada em receitas antigas com um cunho muito pessoal.
Horário de Encerramento: 23:00
Lotação: 46
Necessidade de reserva: Aconselhável.
Observações: Único vencedor do Concurso Lisboa à Prova - 2007 na categoria Cozinha Tradicional Portuguesa e 3º lugar da votação do público.CLASSIFICAÇÃO SERVIÇO VINHO A COPO VINIPORTUGAL (1-5): 4,4
Preço Médio: 30.00
Recomendado para grupos: Sim
Sanitários para Deficientes: Não
Serviços: Ar condicionado
Tipo de Restaurante: Portuguesa,
Horário de Funcionamento: Das 12:15 às 23:00.
Área para fumadores: Não Fumadores
Morada: Rua de Entrecampos 30 - A
Código Postal: 1700 158 LISBOA
Tel: 217976265
Site: www.opoleiro.com
Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa
Freguesia: Alvalade

O Poleiro – Lisboa


A qualidade reconfirmada.


Mafalda César Machado

O Poleiro é um bom exemplo de como se sabe manter uma qualidade de referência. Já lá vão mais de duas décadas que uma forte, embora pequena, presença de boa cozinha portuguesa tomou posse na rua de Entre Campos, no lugar onde existiu, na década de 50, uma venda de frutas, galinhas e perus com a respectiva licença, conforme documento apresentado na actual casa.

Trabalho de mérito

Como também é conhecido, foi-se tornando num lugar de culto para os apreciadores da boa cozinha regional e foi inevitável o seu crescimento. Transgredindo as regras, embora o aumento não tenha sido grande, o Poleiro manteve exactamente a mesma qualidade. E continua, mesmo assim, a ser difícil, encontrar um lugar sem reserva.

O trabalho dos dois irmãos de Moimenta, um na sala e outro no balcão, mantém o mesmo entusiasmo no atendimento, e na cozinha pode depositar-se total confiança. Da grelha, um dos atributos, visível, da casa, um misto de fumeiros com grelos, uma amostra (grande) de alheira Barrosã, chouriço de porco bízaro e morcela de Idanha, mostra muito da qualidade dos enchidos e do tratamento sábio destes nas brasas.

Passemos ao lado das variadas entradas com uma excepção para os bolinhos de bacalhau acabados de fritar, deliciosos e, contrariando a tendência dos símbolos da casa que são a manga de capote com chouriça Barrosã e a morcela à lavrador, o arroz de favinhas com entrecosto frito e a barriguinha de porco grelhada com massa e feijão, a “cozinha de panela” do Poleiro, todos eles de primeira, fiquemos, para variar e comprovar a frescura dos produtos utilizados, pela escolha da área piscícola.

Chamemos assim à mesa um arroz de línguas de bacalhau com coentros, a sua untuosidade preservada pela neutralidade da calda, apenas acentuada pelo toque dos coentros. Mas foi nas pataniscas, de camarão, suspeitas fora da tradição do bacalhau, que se fez notar maior a revelação. No contraste da carne dura do marisco com o polme saboroso com o seu toque de salsa, fritura no ponto, acompanhadas por uma açorda de ovas frescas de sabor intenso com o ovo misturado à vista do cliente, numa massa de pão saboroso tratada por quem sabe.

2007-11-21
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