40º

de 1004
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Restaurante Lisboa à Noite

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Restaurante situado no coração do Bairro Alto, de sabores genuinamente portugueses com uma cuidada atenção aos pormenores. A carta de vinhos é um dos ex-libris da casa e aí se encontram dos melhores e mais raros néctares portugueses.

Bar/Sala de espera: Bar e Sala de Espera
Dia(s) de Encerramento: Domingos
Especialidades: Entradas: Peixinhos da horta; espargos verdes com ovos mexidos; morcela de Seia com laranja; Presunto Pata Negra com melão; gambas fritas. Peixe: filetes de peixe galo com Arroz de Lingueirão; açorda de ovas; línguas de bacalhau panadas; polvo em azeite com amêijoas; bacalhau com cebolada à minhota; lulas recheadas com croquetes de batata; gambas panadas com molho tártaro; Robalo e Douradas escalados. Carne: cabrito frito com migas de espargos; carne de porco em vinha d`alhos com batatinhas e amêijoas; posta de vitela barrosã. Doces: Encharcada; Bolo fidalgo; Delícia de chocolate; Pão de rala; Tarte de ameixas.
Estacionamento: Não
História: Antigas cavalariças do palácio dos condes do Bairro Alto; construção anterior ao terramoto de 1755.
Horário de Encerramento: 01:00
Lotação: 104
Necessidade de reserva: Aconselhável
Preço Médio: 25.00
Recomendado para grupos: Sim
Sanitários para Deficientes: Não
Tipo de Restaurante: Portuguesa
Horário de Funcionamento: Das 19:30 às 24:00 de segunda a quinta. Das 19:30 à 01:00 à sexta, sábado e vésperas de feriados.
Acessibilidade de deficientes motores: Acessibilidade fácil
Área para fumadores: Zona Fumadores + Zona Não Fumadores
Morada: Rua das Gáveas 69 - 71
Código Postal: 1200 206 LISBOA
Tel: 213468557
E-mail: mail.info@lisboanoite.com
Site: www.lisboanoite.com
Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa
Freguesia: Encarnação

Restaurante Lisboa à Noite


A nova coqueluche do Bairro


N'Dalo Rocha

Assentou arraiais apenas há pouco mais de meia dúzia de meses, lá na rua das Gáveas, poucos metros abaixo do mítico Sinal Vermelho, que curiosamente pertence aos mesmos proprietários. Pus-me a caminho do restaurante, sabendo apenas que aquele espaço chegou a funcionar como cavalariças. Mas isso foi há séculos, ainda antes do terramoto de 1755. Hoje, apenas uma argola de ferro presa à sólida coluna resistiu à erosão do tempo. Porém, não nos adiantemos mais sobre este espaço pleno de historial. À entrada está o aquário tão comum a qualquer restaurante de peixe, onde repousam muitos dos jantares que serão servidos nessa mesma noite. Ao lado, a porta de vidro faz a separação da sala com a entrada e, quer por questões acústicas quer climáticas, convém deixá-la encostada.

Apesar de moderno, este não é um restaurante pretensioso como algumas casas nas quais os empregados andam cheios de salamaleques, trajados como se fossem para uma festa. Aqui não, todos usam t-shirt laranja com logotipo preto, aliás, uma das cores institucionais da casa, que contrasta muito bem com os cinzentos do chão. A iluminação é feita a contraluz, a partir de alguns holofotes de parede e no meio do salão ainda há uns discretos focos que saem directamente do pavimento, criando luz ambiente. E porque quando entrei a casa estava completa, avancei imediatamente até à sala de espera onde me entretive com um aperitivo, enquanto observava a sala de grupos, completamente lotada por uma excursão de japoneses. Numa das mesas perto de mim, um turista nipónico estava eufórico com o robalo que tinha no prato e não parava de tirar fotografias digitais, que insistia em mostrar ao seu companheiro, talvez português, que com ar de fastio, anuía com a cabeça. Que vício têm eles com a fotografia! Tocou a campainha, ou melhor o empregado chamou-me. A mesa estava pronta e posta, e agora passamos a coisas mais sérias, o jantar. Sentei-me numa das mesas quadradas e experimentei o conforto das cadeiras de couro. Entretive-me com o couvert, pão de centeio com queijo fresco e manteiga de alho, o trivial, mas que já engana a fome. Finalmente a carta, que apesar de não ser infinitamente grande, é equilibrada. Para entrada, gambas fritas no azeite. E para acompanhar, uma garrafa de João Pires. Enquanto esperava pelo marisco, distraí-me a observar uma vez mais o ambiente, para descobrir uns bonitos painéis de azulejos onde se representam cenas da caça.

Distraído, quase nem dei pela chegada do pitéu numa malga de barro. Que manjar! Fumegantes, as gambas estavam saborosas. Até se podiam comer as cabeças. A seguir, não muito tempo depois, foi altura de me confrontar com os filetes de peixe galo com arroz de lingueirão. Estavam tenros e apetitosos e percebia-se a milhas de distância que era peixe do dia, fresquíssimo. E o arroz, no ponto. Nem demasiado solto, nem empapado. Fiquei satisfeito e positivamente impressionado com a qualidade da comida. Nota elevada também para o serviço de sala, eficiente, mesmo estando a casa cheia, e até quando algum cliente reclama de algum pequeno detalhe, como aquele casal de americanos que pediu para trocar de sobremesa. Pois é, mas eu cá fiquei muito contente com a minha sericá. Para concluir em beleza, voltei ao bar sob o pretexto de rever as minhas notas com o proprietário, o qual me sensibilizou a provar a aguardente caseira. Uma categoria. Saí satisfeito e bem jantado e apesar do preço não ser meigo, é certo que repetirei a visita.

Informação Detalhada

2003-11-25
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