Inaugurado no Verão de 2007, é um espaço diferente, situado num antigo parque de estacionamento do Hotel Porto Palácio, dedicado à cozinha oriental e de fusão. O conceito arquitectónico do espaço foi desenvolvido pelo japonês Haruo Morishima e pela aNC-arquitectos. A cozinha é da responsabilidade do chefe Paulo Morais, com Manuel Moreira de Sommelier. Um detalhe interessante é que as fardas tem a assinatura da estilista Katty Xiomara. A mesa é tentadora: tepanyaki ou tapas asiáticas, acompanhadas de um saké ou um chá. Pratos criativos a saborear num ambiente sofisticado, onde o contraste entre o preto e o branco pontua o ritmo da sala. Redes pretas caem em torno da mesas, demarcando os vários ambientes e criando uma transparência irreverente que permite ver todos os cantos da casa, sem descortinar todos os pormenores. Bem-vindos à versão portuense do "palácio imperial", góshò traduzido à letra.
Bar/Sala de espera: BarNo Hotel Porto Palácio, e não é para assustar, foram aproveitados alguns andares do seu parque de estacionamento para outras funções.
Quer isto significar que, quando entrar para o parque, vai ficar impressionado com a descida vertiginosa para um lugar que pensará ser demasiado profundo. Vai entender o porquê, quando seguir a indicação do caminho para os peões e entrar no elevador. Aqui, várias apelativas fotografias coloridas chamam a atenção para novos restaurantes. Com uma ligeira falha. Não indicam o respectivo andar de localização. Após algumas subidas e descidas, lá entrará num espaço, que contrasta com o que se associa a este tipo de hotel, e entre os outros restaurantes, o alvo é o Góshò.
Abriu apenas há três meses mas já ganhou fama entre os habitués do Porto, e não só. Foi um acto, chamemos-lhe de coragem, de três sócios jovens com profissões em áreas totalmente distintas e que decidiram transformar este antigo andar de estacionamento num restaurante japonês à séria.
Um projecto feliz
Comecemos pela decoração. Uma espécie de cortina trompe l’oeil dá um ar de conforto às mesas. Mas o Góshò tem outra grande vantagem. O balcão, onde na chapa os sushi men, profissionais brasileiros, mostram ao cliente a sua arte.
Um, ou vários privados, conforme a escolha, são separados por curiosas cortinas de papel. O arquitecto é japonês, Harno Morishima, experiente como se pode comprovar nesta área.
A suavidade do serviço é uma componente imprescindível no ritmo do Góshò onde as fardas desenhadas pela estilista Katti Xiomara repetem os desenhos exóticos bordados a encarnado na seda da parede de entrada.
Depois, é uma questão de treino ou de aconselhamento, sendo a segunda a mais confiável das versões para os hesitantes. Antes do mais, servem uma raridade, pelo menos em Portugal, a melhor cerveja de pressão japonesa, a copo.
Sushi, tempura, sashimi, teppan yaki e outros