A ocupar o último piso do Hotel do Sado, é um magnífico restaurante panorâmico com vista sobre a serra de Arrábida, São Luís, Palmela, Setúbal e Rio Sado. A cozinha baseia-se nos sabores tradicionais.
Acessos: Em Setúbal, seguir placas indicativas. Próximo do Bairro da Reboreda.À noite
É à mesa do restaurante panorâmico no oitavo andar que se deve esperar pela chegada da noite. A vista é qualquer coisa de deslumbrante. Não pela cidade de Setúbal que até não é das mais bonitas que o país tem, mas pela magia das luzes e da energia que transmitem.
Está-se acima de tudo e isso impõe respeito. Assim como a mesa. Requintada? Quanto baste. Nada de exageros. Mas como um dia não são dias, há que desfrutar. Mexilhões salteados com molho de vinho branco, para entrada e como prato principal um Bacalhau recheado com queijo de Azeitão, por favor. Ou não?
É que aqui ainda se comem as burras (bochechas de porco), prato que tem tanto de tradicional como de esquecido. É isso. Burras de porco ao aroma de hortelã e batata recheada. E de sobremesa uma Sinfonia de fruta… para dois. Para rematar, um café. Irish.
O elevador panorâmico transporta-nos da última à primeira paragem. Uma passagem pelo bar (decorado em tons quentes como o vermelho e amarelo torrado) situado no piso térreo, completa o ambiente de tranquilidade que se tem vivido até agora.
Se for o caso um charuto. Monte Cristo n.º4 ou porque não, um Cohiba Siglo IV, à venda no bar e apenas para apreciadores. E aqui se fica, a ler uma revista, a conversar sobre qualquer tema e a descansar. Venham mais dias assim.
De dia
Acordar cedo para os que querem aproveitar o dia ou despertar tarde para quem anseia por descanso na sua versão mais pura: deixar-se estar sem nada fazer.
Os quartos são amplos e até mesmo as suites que são júnior não deixam de ser espaçosas à mesma. Em qualquer caso, correr de imediato para a janela, desviar os pesados cortinados para ver, agora sim, a paisagem. Não pelo aglomerado de casas que é a cidade, mas pelo Sado, por Tróia e pela atracção natural que é a serra da Arrábida.
Que desilusão! O dia acordou envergonhado, talvez por causa da euforia da noite. Ainda é cedo, o melhor é esperar que o acanhamento passe. Um pouco mais agasalhados, ir até à varanda. Privativa, nem outra coisa poderia ser.
Segue-se o pequeno-almoço. Nos quartos ou na sala criada para o efeito, ao lado do bar. Optando pela última hipótese, a vista é outra: a serra de São Luís, o castelo de Palmela e o Forte de São Filipe.
Mas em primeiro plano estão as colinas de Brancanes com a zona verde envolvente onde em tempos existiu um convento com o mesmo nome. Há ainda o terraço que também é esplanada.