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Quinta de Santa Eufémia

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Acessos: Seguir pelo IP 3 ou Auto Estrada 4 : Porto/Amarante; Mesão Frio - Régua - Parada do Bispo.

Situada na margem da Barragem de Bagaúste, é uma casa do princípio do século XX integrada na Quinta de Santa Eufémia com exploração agrícola (Vitivinicultor e Engarrafador de Vinhos do Porto e Douro).

Localização: Campo
Nº de camas: 5
Nº de quartos: 3
Observações: Outros contactos: 254331968, 254332007 e 932776678.
Período de funcionamento: Todo o ano.
Preço Época Alta: 65.00
Preço Época Baixa: 55.00
Categoria: Turismo Rural
Morada: Largo de Santa Eufémia 9 Km - Parada do Bispo
Código Postal: 5100 650 PARADA DO BISPO
Tel: 254331970
E-mail: quintasantaeufemia@sapo.pt
Site: www.qtastaeufemia.com
Distrito: Viseu
Concelho: Lamego
Freguesia: Parada do Bispo

Um dia nas vindimas


E que tal sentir o que é o trabalho da apanha da uva? A dura arte do Douro tem várias etapas antes de chegar ao vinho do Porto.


Álvaro Cúria

Tudo começa cedo, com um pequeno almoço reforçado numa das salas da quinta. Muitas geleias, café, leite e pão para conseguirmos aguentar o que se segue. Por todo o lado as crianças querem chegar primeiro à carrinha, os estrangeiros sorriem pouco cientes do que lhes vai acontecer e a família Carvalho vai-nos preparando para o que vamos fazer. Já sabemos que ficamos soltos pelas encostas, deixam-nos livres para sentir o que é a vindima, falar com os trabalhadores, participar de tudo, sempre com um abafado calor de trinta e tal graus que sem se saber como apareceu lá para o meio dia. Mas antes já nós estávamos montados na carrinha, quais trabalhadores das vinhas. Com os grandes cestos à frente lá fomos encosta acima naquele veículo de caixa aberta, cantarolando uns refrões conhecidos, perseguidos de perto por dois dos cães da quinta, dedicados a palmilhar pelo monte o caminho dos seus donos. Chegados às vinhas, o espectáculo é avassalador. O Douro abre-se a nossos pés, com os seus montes de socalcos salpicados de vinhas aqui e ali. Quer diagonais, quer horizontais, para a frente ou para os lados, as uvas ocupam a paisagem, donde ressalta o bonito edifício da casa mãe da Quinta de Santa Eufêmia. Mas não podemos ficar paralisados com esta vista de cortar a respiração: depressa temos um cesto na mão com uma tesoura de poda lá dentro e há que começar a apanhar uvas.

Os primeiros cinquenta cachos de uva que se apanha até nem custa por aí além. Vamos comendo algumas, dando dois dedos de conversa, ensaiando uma cantiga para mais logo... Depois notamos que já percorremos decerto alguns quilómetros para trás e para a frente entre as vinhas. Muitas uvas rebentaram-nos nas mãos, onde os dedos colam. As calças estão todas sujas, tal como os ténis e até o cabelo... Façamos um intervalo então, em que vamos lavar as mãos e observar o ritual da apanha da uva. Antes porém carregamos os cestos até ao tractor, separando as uvas de vinho branco das de vinho tinto. Passadas duas horas e pouco descemos em fila indiana encosta abaixo, em direcção à quinta, para o almoço. O estômago há muito que se fartou de receber uvas, pedindo agora algo mais consistente. Sentados em bancos de madeira no pátio da quinta, o cheiro que sentimos parece-nos divinal. É o da sopa de arroz, feijão e massa que vem voando. A D.Teresa, da quarta geração da família Carvalho, serve-nos este manjar rústico que apetece repetir. Tudo acompanhado de pão caseiro e vinho tinto. Depois é a vez do Rancho. Grão de bico com massa e algumas carnes à mistura são a alimentação dos trabalhadores, os quais agora representamos nesta façanha pelas vinhas do Douro. Estamos a viver intensamente esta aventura que não é mais do que o ritual diário de dezenas de pessoas daquela zona.

2002-10-01
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