Trata-se de uma Pousada Histórica. O antigo Convento do Desagravo, em Vila Pouca da Beira, acolhe esta Pousada, inaugurada em Agosto de 2002. Datado do século XVIII, o edifício é da autoria do bispo e conde D. Francisco de Lemos de Faria Pereira. No processo da sua transformação e adaptação a unidade hoteleira a preocupação fundamental foi a preservação do valor histórico-cultural do edifício. A intervenção arquitectónica, da responsabilidade do arquitecto António Monteiro, passou também pela adaptação das antigas salas nobres, como a Sala do Capítulo, a salas de estar, salas de conferências, restaurante e bar. A decoração de interiores é da responsabilidade de Adelaide Rebelo de Andrade. Em redor, magníficas vistas para as serras da Estrela e do Açor.
Localização: CampoÉ uma das mais recentes unidades da cadeia de Pousadas de Portugal. No entanto, a sua história começou a escrever-se há mais de duzentos anos.
Do tempo dos reis
Foi no último quartel do século XVIII que o Bispo Conde D. Francisco de Lemos de Faria Pereira “lançou a primeira pedra” do Convento do Desagravo. Em Vila Pouca da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, são as serras da Estrela e do Açor que ditam as regras paisagísticas, complementadas depois por umas quantas civilizações que foram encontrando no granito a matéria-prima ideal para deixarem as suas marcas arquitectónicas.
Quem conhece qualquer uma das Pousadas Históricas que existem no nosso país vai reconhecer, certamente, a sensação que passamos a descrever.
Ao chegar à recepção, começamos de imediato a sentir o efeito da imponência do espaço. As paredes brancas entrecortadas com pedra centenária, as tapeçarias luxuosas, os candelabros e lustres, as molduras douradas dos espelhos envelhecidos, o mobiliário imperial – todos os elementos se conjugam para nos integrarem naquela atmosfera. E conseguem-no, pois à medida que atravessamos os corredores e subimos a escadaria que nos leva ao nosso quarto, sentimos o queixo erguer e a postura a endireitar-se.
O auge deste processo de interiorização dá-se à chegada aos nossos aposentos. Ver aquele quarto com um pé direito impressionante, decorado em tons de vermelho, com cortinados que vão do tecto ao chão e uma cama extra-large, faz-nos sentir de imediato o sangue azul a correr-nos nas veias. Muito empertigados, dirigimo-nos ao terraço privado, de onde podemos admirar o pôr do Sol sobre aquela imensa propriedade que imaginamos nossa.
2005-02-15