A pousada ocupa o edifício do antigo Convento das Ermitas de Santo Agostinho, fundado por D. Sebastião por volta de 1569. Está situada na colina do castelo, no local provável da antiga judiaria. Destacam-se o claustro renascentista do séc. XVI-XVII, a frontaria para o largo principal e a escadaria nobre, ambas barrocas. O ambiente é acolhedor com equipamentos modernos e actualizados.
Localização: Centro Cidade/VilaNão há dúvida que Tavira é, hoje em dia, no Sotavento algarvio uma espécie de ilha, quase paradisíaca. Não é exagero.
A conservação efectuada, preservando a construção na sua altura original, com destaque para a ênfase assim permitida aos típicos telhados de tesoura, criou, ou melhor, reconstruiu, um ambiente calmo entre ruas estreitas onde apetece passear.
A vantagem da travessia pelo rio Gilão dá a Tavira um encanto especial, visível, a pé, da ponte medieval junto ao antigo mercado. Na margem direita chamam a atenção casas de outras épocas onde alguns cais privados dão acesso directo ao rio. Na outra margem o passeio prolonga-se na descoberta das ruas e de algum antigo comércio que por lá ficou. O mais representativo é o artesão entretanto tornado famoso pelos meios de comunicação, conhecido pelo homem de lata, que consegue transformar os pedaços mais inverosímeis de chapa inutilizada na perfeição uma simples rosa verde e vermelha. Os seus cataventos já se tornaram uma presença de referência na cidade.
Concentração monumental
Passando o aspecto lúdico do passeio sem destino, há que referir que Tavira concentra uma série de monumentos fora de vulgar. Só em igrejas contam-se mais de três dezenas.
Destas, duas das mais importantes destacam-se na colina do castelo, são as igrejas de Santiago e de Santa Maria, ambas como todo o resto em bom estado de preservação. Não pode deixar de ficar uma nota para a dimensão do relógio na torre da referida igreja de Santa Maria, que permite mesmo a quem não sobreviva sem óculos, ter uma visão imediata da hora que passa.
Vale a pena subir às muralhas do castelo, pois a visão conjunta da cidade branca, que neste caso não é a Lisboa de Alain Tanner, hoje muito pouco branca, é um repouso de perspectiva do equilíbrio arquitectónico milagrosamente conservado. Impressiona a rigidez geométrica do traço do rio Gilão a cortar a cidade, em contraste com a cumplicidade das hortas e jardins em verde descontínuo.
A pousada
Também em verde descontínuo, aqui em função das estações do ano, atrai o jardim junto à igreja de Santa Maria do Castelo, entre plátanos e outras árvores cuidadosamente classificadas, como se de um jardim botânico se tratasse. Vários bancos convidam aos privilégios do envolvimento da calma desta natureza.