Museu Arte Nova

Inaugurado em Março de 2012, está instalado num dos edifícios arte nova mais emblemáticos da cidade que é considerada a capital deste estilo arquitetónico. A Casa Major Pessoa (edifício atribuído a Francisco Silva Rocha, em colaboração com Ernesto Korrodi) funciona, assim, como centro interpretativo da descoberta do roteiro arte nova de Aveiro (composto por um total de 28 edifícios), reunindo toda a informação de que o visitante necessita para partir à descoberta do mesmo. No piso térreo está disponível um mapa identificativo da Rede Arte Nova e é aqui que se encontram também a Sala de Chá e a Sala de Música. O primeiro piso acolhe a Galeria dos Artistas Arte Nova, a Sala dos Arquitetos de Aveiro, a exposição interpretativa e o auditório. O último piso destina-se exposições temporárias. Adaptado espaço museológico segundo o projeto do designer Francisco Providência, o edifício mantém o ambiente e o espírito desta corrente artística e da época que lhe corresponde - a transição para o século XX.

Dia(s) de Encerramento: Segundas
Horário de visita: De terça a sexta, das 09:30 às 12:30 e das 14:00 às 18:00. Sábado e domingo, das 14:00 às 18:00.
Marcação prévia: Visitas guiadas: 234 406 485 ou museucidade@cm-aveiro.pt
Nº máximo pessoas por grupo: 25
Nº mínimo pessoas por grupo: 6
Observações: Entrada paga (1 euro). Dispõe de elevador para pisos superiores.
Serviços disponíveis: Sala de chá e guia multimédia para realização de roteiro Arte Nova pela cidade.
Acessibilidade de deficientes motores: Acessibilidade fácil
Morada: Rua Doutor Barbosa Magalhães 9 Casa Major Pessoa
Código Postal: 3800 154 AVEIRO
Tel: 234406485
E-mail: museucidade@cm-aveiro.pt
Site: www.facebook.com/pages/Casa-Major-Pessoa-Museu-Arte-Nova-de-Aveiro/124931664189424
Distrito: Aveiro
Concelho: Aveiro
Freguesia: Vera Cruz

Museu Arte Nova – Aveiro


Guia para um museu a céu aberto


Paula Oliveira Silva

Durante o dia quem visita o Museu Arte Nova vai à procura de informação sobre esta corrente artística ou em busca de um lanche diferente na casa de chá que ali funciona. Ao final da tarde, encerrado o museu, a casa de chá vira bar mas a veia cultural continua com pequenos espetáculos de piano, jazz e exibição de curtas-metragens.

Vá para fora, cá dentro

Os aveirenses mal param para ver. São sobretudo os turistas (muitos espanhóis) que de máquina fotográfica em punho, desconfiam que por detrás de uma das mais belas fachadas Arte Nova de Aveiro, mesmo em frente ao Canal Central, se esconde uma ligação com o passado da cidade.

O edifício em questão, habitação familiar que Silva Rocha em colaboração com Ernesto Korrodi desenharam para o comerciante Mário Pessoa, esteve na posse da mesma família desde que a história da casa se começou a contar, em 1909. No final do século passado veio a degradação do imóvel e data já dos anos 2000 o longo e minucioso período de restauro, das fundações até ao teto.

Como museu abriu portas em março de 2012. No entanto, mais do que repor a decoração de uma casa Arte Nova (como se poderia esperar de uma casa-museu), o que aqui se pretende é levar o visitante a conhecer os pressupostos desta revolução estética. E daí encaminhá-lo para o verdadeiro museu a céu aberto que é a cidade de Aveiro através de um passeio a pé pelas ruas à procura dos cerca de 30 motivos identificados com este estilo.

Chá com música

Entrámos. No piso térreo painéis de azulejos revestem as paredes até meio. São gaivotas, patos e mais uns quantos motivos vegetalistas que merecem a nossa atenção. Assina a adaptação a espaço museológico o designer Francisco Providência e é também da sua autoria a mesa gigante com um mapa de Aveiro impresso no tampo que assinala todos os pontos que compõem o circuito Arte Nova da cidade.

Na sala seguinte, uma pianola original de finais do século XIX enche o ambiente de alegria e nem é preciso saber tocar piano, apenas dar aos pedais. Dali pode sair Polonaise, n.º 2, de Liszt; Prelúdio e Fuga, N.º2, Bach; Clair de Lune, Beethoven; El Relicário, José Padilla. Este antepassado da grafonola mas com aspeto de piano também permite que se recolham os rolos e se dedilhem as teclas, fazendo as vezes de piano.

É neste ambiente artístico que pode tomar uma infusão na casa de chá do museu cuja seleção inclui 102 variedades oriundas de paisagens tão distantes como a China, o Japão ou a Índia ou de bem mais perto, dos Açores. Curioso o pormenor das novíssimas cadeiras Thonet, um modelo que nasceu no período Arte Nova (há mais de 100 anos) mas que ainda se fabrica.

2013-03-06
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