O Mosteiro dos Jerónimos (classificado pela UNESCO como Património Mundial) constitui o mais frisante exemplo do estilo manuelino e a sua construção teve início no princípio do século XVI, por vontade de D. Manuel, no local onde havia uma capela henriquina dedicada a Santa Maria de Belém. A edificação desenvolve-se em longa fachada, com comprimento superior a 300 metros, e as suas enormes proporções encerram as nuances de inúmeros projectos, restauros e acrescentos, testemunhos de várias fases de um longo período de cinco séculos de história. Os trabalhos correram inicialmente sob estreito controlo régio, que para a sua construção canalizava a "Vintena da Pimenta". Foram dirigidos por vários mestres, Boytac, João de Castilho, Leonardo Vaz, Diogo de Torralva, Jerónimo de Ruão, entre outros. O Portal Sul, que foi executado por João de Castilho, apresenta um vasto conjunto escultórico onde a figura principal é a de Santa Maria de Belém, enquanto no Portal Oeste, a entrada principal do Mosteiro dos Jerónimos, feito por Nicolau de Chanterenne, encontramos representados o Rei D. Manuel I, a Rainha D. Maria I e a Natividade. Aqui estão sepultados reis da Dinastia de Avis como D. Manuel I e o Cardeal D. Henrique. Estão, também, os túmulos de Vasco da Gama e Luís de Camões (igreja), Fernando Pessoa (claustro) e Alexandre Herculano (Sala do Capítulo).
Dia(s) de Encerramento: SegundasCelebração dos Descobrimentos
Expoente do manuelino, é um dos monumentos portugueses mais ligado à evocação da aventura dos Descobrimentos.
Se há monumento associado aos descobrimentos portugueses é o Mosteiro dos Jerónimos. E isto, por duas razões: o local (o porto aqui existente era ponto de chegada e partida de muitas expedições) e a ocasião (o edifício começou a ser construído após o regresso de Vasco da Gama da Índia). É, naturalmente, Património da Humanidade. É uma construção monumental, do lado norte da Praça do Império. A fachada voltada para o rio tem 315 metros de comprimento. Corresponde à igreja (incluindo a sacristia e o coro), bem como à parte conventual que chegou aos nossos dias: refeitório, claustro e parte do dormitório. Se o edifício apresenta pormenores decorativos característicos do estilo manuelino, esta estética expressa-se, ao mais alto nível, na decoração do pórtico da igreja. O interior é de uma amplitude impressionante, com três naves, fechadas por uma única abóbada (de 25 metros de altura, terminada em 1522). Sob o coro, os túmulos de Vasco da Gama, descobridor do caminho marítimo para a Índia, e de Luís de Camões, autor d’«Os Lusíadas».
CURIOSIDADES
Em boa companhia – O mosteiro partilha a classificação de «Património Mundial» da Unesco com a vizinha Torre de Belém, edificada no século XVI pelo rei D. Manuel I para defender o porto de Lisboa. A poucos metros fica uma obra emblemática da arquitectura recente, o Centro Cultural de Belém.
Imposto extraordinário – Para fazer face às despesas da construção e do funcionamento do mosteiro, D. Manuel doou aos frades de São Jerónimo, a “vintena”, imposto de cinco por cento sobre as especiarias da Índia e o lucro das minas de ouro.
Longa construção – Como em tantos outros grandes projectos, a construção do mosteiro dos Jerónimos arrastou-se por vários séculos. Segundo o cronista seiscentista, Frei Diogo, a obra apenas chegou à quarta parte do programado. Com a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, aqui foi instalada a Casa Pia de Lisboa (que continua a ocupar a parte norte do antigo complexo monacal).
Decoração excepcional – O portal, rematado pelo Arcanjo São Miguel, protector de Portugal, apresenta um impressionante conjunto de imagens: o infante D. Henrique, os apóstolos e Santa Maria de Belém com o Menino no braço direito. Na porta poente, além das representações de D. Manuel, e da sua segunda mulher, D. Maria, destacam-se três grupos escultóricos, alusivos à Natividade, Anunciação e Adoração dos Reis Magos.
A não perder – Para além de muitas outras marvilhas não deixe de ver os seis altares do transepto, o trabalho de ourivesaria do sacrário (século XVII), bem como o retábulo representando a Adoração dos Reis Magos e passos da Paixão de Cristo. Assentes em elefantes, os sarcófagos de D. Manuel I e D. João III. O coro alto mantém boa parte do antigo cadeiral.
INFORMAÇÕES
Há serviço de comboios da Linha do Estoril (estação de Belém), autocarros e eléctricos para esta zona da cidade.
Não perca, na vizinhança imediata dos Jerónimos, o Museu dos Coches, o Centro Cultural de Belém, o Museu de Marinha e a afamada casa dos Pastéis de Belém.
Mosteiro dos Jerónimos
Tel. 213 620 034
http://www.ippar.pt/monumentos/conjunto_jeronimos.html
http://www.mosteirojeronimos.pt
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