Montado típico alentejano, de sobreiros e azinheiras, com cerca de 20 hectares. Em 2004 foi transformado em reserva animal, onde é possível observar algumas espécies selvagens à solta. Neste espaço de respeito pelo ambiente e pela vida animal coabitam cerca de 300 animais de 70 espécies.
Serviços: Loja, Café/Bar, Parque de merendas, Parque de estacionamentoChegámos mesmo a tempo do almoço. Os crocodilos do Nilo, pelos vistos já estavam em plena sesta e os lamas mostraram-se descontentes com a visita. Provavelmente a hora não foi a mais conveniente mas estes bichos também não são um exemplo de educação. Quando se sentem ameaçados cospem para o perigo que neste caso éramos nós. Ao que parece, o cheiro da sua baba não se vende propriamente em perfumarias e chega até a competir com o odor da vizinha doninha fedorenta. Urggg, nem queiram saber.
Não faltam cá cangurus saltitões que em velocidade podem dar saltos de 9 metros enquanto correm. Também existem tartarugas terrestres e aquáticas, estas bem mais lentas como se sabe, e esquilos roedores de dentes sem cáries.
Do deserto veio um pachorrento camelo, não confundir com dromedário, já que este que aqui se encontra tem duas bossas bem salientes. Estes animais de carga chegam a levar mais de 250 quilos. Uma visita destas serve também para dissipar as dúvidas sobre o mundo animal. Afinal, o que estes bichos armazenam nas bossas são reservas de gordura e não de água.
Porém, se é verdade que passam muito tempo sem beber do dito líquido quando se acham com sede são capazes de devorar 110 litros de água em 10 minutos. Já mereciam um record no Guiness.
Os burros, apesar de muito teimosos, lá se deixaram fotografar e os guaxinins, excelentes trepadores, passaram o tempo todo barricados no galho de uma árvore. A audição e a visão são mesmo boas é à noite. Haja alguém que vigie a "casa" pelo escuro.
Histórias de bichos
Um montado de sobro perto de Montemor-o-Novo guarda no seu coração este Monte Selvagem, um parque temático com cerca de 70 espécies animais. Este é daqueles sítios que rimam com miúdos, famílias e escolas.
A pé, seguindo as tabuletas de madeira indicativas de um percurso possível ou durante cerca de meia hora de passeio de tractor. Mal se avistam os animais, o motorista silencia o motor e fala sobre as espécies em questão, de onde são provenientes, características e muitas curiosidades também alimentadas pelos placares coloridos junto à morada de cada bicho.
Quem não desiste em seguir visita connosco, ainda que não sejam convidadas, são as avestruzes. Dão-se bem com os watussi, nome da tribo que o domesticou originária de África Central, os nandus, a maior ave da América do Sul e até com os iaques, cujas fezes podem ser aproveitadas como combustível, vejam só. E ainda convivem com as zebras da planície. A ema, tal como a avestruz e o nandu não é capaz de voar mas é uma excelente corredora.