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Mata Bicho Real Taverna

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A Taverna Mata Bicho é um espaço inspirado nas tradicionais tavernas portuguesas, com influências europeias gourmet. É um espaço onde se pode comer um petisco, uma refeição completa ou uma pizza cozida em forno de lenha, confecionada com produtos tradicionais portugueses. Situada no centro histórico da cidade de Leiria, mais do que um espaço gastronómico, a Taverna Mata Bicho procura lembrar o passado no que à forma e substância diz respeito.

Dia(s) de Encerramento: Não encerra
Especialidades: Petiscos: Trouxas de farinheira c/ espinafres; Ovos c/ espargos; Pataniscas de bacalhau; Ovos de tomatada; Pastel de bacalhau; Moelas; Sardinhas macho; Polvo c/ alho^; Carapaus de escabeche; Enchidos assados no forno a lenha; Atum c/ feijão frade; Cogumelos salteados; Salada de polvo c/ vinagrete; Prego no pão c/ mostarda e batata frita; Mexilhão; Nacos de vaca grelhados; Gambas ao alho; Pica-pau; Portobello grelhado; Pimentos Padron; Queijo gratinado c/ mel; Camembert c/ frutos do bosque .Pratos: Massa de robalo; Galo de cabidela; Bacalhau no forno; Arroz de pato.
Horário de Encerramento: 02:00
Preço Médio: 12.00
Tipo de Restaurante: Portuguesa
Horário de Funcionamento: De segunda a sábado, das 10:30 às 02:00. Domingo das 11:00 às 17:00.
Morada: Praça Rodrigues Lobo 3
Código Postal: 2400 217 LEIRIA
Tel: 244821723
E-mail: geral@matabicho.com
Site: www.matabicho.com
Distrito: Leiria
Concelho: Leiria
Freguesia: Leiria

Mata Bicho Real Taverna - Leiria


Queres petisco? Toma!


Nelson Jerónimo Rodrigues

Situada no coração de Leiria, esta casa inspirada nas antigas tabernas recupera as iguarias do passado e serve-as em forma de petisco ou refeição completa. Sabores revivalistas e com decoração a condizer onde nem falta a companhia do Zé Povinho ou do Menino da Lágrima. Encontrar um restaurante sofisticado mas de comer e chorar por mais deixou de ser um bicho de sete cabeças.

O ano de 2011, quando a moda das tabernas gourmet ainda não tinha chegado a Leiria, marca o arranque desta casa em plena Praça Rodrigues Lobo, o mais famoso e concorrido ponto de encontro da cidade. Fica situada no histórico edifício Zuquete (nome de uma das famílias que o habitou) desenhado no início do século passado pelo arquiteto Ernesto Korrodi e sede até 1950 do Grémio Literário e Recreativo.

Por lá também passaram vários espaços comerciais mas o Mata Bicho é o primeiro dedicado aos comes e bebes. Em poucos anos tornou-se uma referência no centro histórico e conseguiu o (raro) feito de agradar a clientes de todas as idades, classes sociais e credos culinários. Entre tantos monumentos o património gastronómico desta taberna é mais uma boa razão para visitar a cidade de Leiria.

Uma taberna portuguesa, com certeza

A inspiração do Mata Bicho começa por revelar-se no mobiliário e na decoração, composta por 1001 objetos antigos que remetem para o imaginário das tabernas tradicionais. Entre o teto de madeira e o chão em mosaico hidráulico, o balcão corrido e as mesas com tampo em mármore, encontramos garrafões de vinho, cabaças e posters de touradas, sem esquecer o inevitável Zé Povinho para mostrar que a casa não há fiado.

A estas recordações juntam-se outras relíquias que fazem lembrar a casa dos avós, como os quadros do Menino da Lágrima e da Última Ceia, marmitas, uma bengala ou um rádio vintage. Mais inusitada é a bicicleta (tipo pasteleira) suspensa à entrada da sala enquanto na outra ponta está uma enorme pintura onde algumas personagens históricas de Leiria (como a rainha Santa Isabel, Eça de Queiróz ou o Padre Amaro) aparecem representadas com as caras de amigos e familiares do proprietário do Mata Bicho.

Um pouco por toda a sala surgem ainda vários quadros em ardósia, uns com a lista de petiscos e iguarias, outros com poemas e frases que evocam a alma castiça e popular da casa. Entre elas, ficou-nos na memória uma de Júlio César Machado, escritor do século passado para quem “o povo gosta de teatro com moderação, vai ao circo de tempos a tempos mas gostar gostar é da taberna”. Foi escrita em 1874 mas hoje não estará muito longe da realidade.

Mesa farta e bem composta

Não é só a decoração que nos remete para as memórias do passado. Também a ementa, baseada nos paladares de outros tempos e nos produtos portugueses, faz lembrar a comida da avó: caseira, saborosa e feita com amor. Aqui e ali acrescentam-se uns toques mais contemporâneos e sofisticados (a combinar com boa parte da clientela da casa, jovem e urbana) mas o receituário tradicional português está sempre em larga maioria.

Assim acontece, desde logo, na lista dos petiscos (o ex-líbris da casa) onde saltam à vista as trouxas de alheira com espinafres, os enchidos assados no forno a lenha, a favada e os ossos do espinhaço, apenas alguns exemplos ente as mais de três dezenas de sugestões à disposição. Quem preferir pode optar por refeições completas, servidas em doses generosas para uma ou duas pessoas. Nos peixes destacam-se o bacalhau da taverna, o polvo à Mata e a cataplana do mar, enquanto nas carnes vale a pena provar, por exemplo, o Mata bife, as espetadas terra & mar (lombo e gambas) e os secretos de porco ibérico.

Entre tantas iguarias tradicionais não se surpreenda com a extensa lista de pizzas e calzones. É que antes de ser taberna esta casa estava pensada como pizzeria, por isso, seria uma pena desperdiçar o forno a lenha que já tinha sido instalado com esse propósito. Por fim, guarde um cantinho no estômago para as sobremesas, como o creme queimado, o doce de amêndoa ou a fatia de bolo caseiro. E porque de uma taberna se trata não podia faltar o vinho, aqui proposto em mais de 60 referências. Brindemos, então, ao Mata Bicho.

2015-04-29
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