Lisboa é a menina dos olhos desta empresa. Por ela, organiza passeios temáticos e assim se descobre "A Cidade Velha", o que aconteceu com "O Terramoto de 1775", onde é a "7ª Colina", quais as "Lendas e Mistérios" que sobre ela se contam e quais os momentos históricos em que foi uma "Cidade de Espiões". Faça chuva ou sol, as saídas realizam-se todos os dias do ano, excepto em vésperas e dias de Natal e Ano Novo.
Observações: Alvará nº 49/2005 emitido pelo Turismo de Portugal; Organização de eventos e Team Building;Não vamos falar sobre a “cegueira branca” do romance de José Saramago, nem do filme de José Meirelles, aqui a epidemia é outra! Os tours por Alfama de olhos vendados contagiaram a cidade, começaram no Verão e vieram para ficar. Imagine-se a passear pelas ruas estreitas do bairro histórico alfacinha sem ver, sentir o cheiro das sardinhas a assar, o vento num miradouro, a água que escorre da fonte, um fado ao longe… Feche bem os olhos, desperte os sentidos e aventure-se nesta inovadora experiência.
No escurinho de Alfama
Descobrir uma nova Lisboa é o que nos propõe este projecto do estúdio criativo Cabracega em colaboração com a ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal) e a Lisbon Walker. Uma experiência sensorial que nos oferece uma nova leitura do espaço através da estimulação dos sentidos.
O ponto de encontro é na rua dos Remédios, às onze horas, em frente ao café Alfacinha. Para além dos participantes, também estão presentes um guia cego da ACAPO que partilha as suas experiências sensoriais, um guia da Lisbon Walker, que faz a contextualização histórica do percurso e quatro elementos que nos levam pelo braço e ajudam a percorrer o trajecto.
Antes de começar são-nos dadas indicações: um braço do guia atravessado à nossa frente é sinónimo que devemos parar, nas ruas mais estreitas ou quando há escadas é necessário fazer fila indiana e colocar a mão no ombro de quem vai à nossa frente.
Confesso que comecei a ficar com medo e assim que me vendaram os olhos tive receio de cair e começar a tropeçar em todo o lado. “Vou rebolar nas escadas de certeza”, pensei. No primeiro minuto perdi logo a noção de onde estava e o chão começou a fugir-me debaixo dos pés.
Começamos a andar lentamente, "Esqueçam os olhos, não tentem espreitar pela venda”, diz o Carlos, guia sensorial, e despertar-nos com perguntas. “Onde estamos? É um espaço amplo ou fechado? De onde vem o vento? Ouvem as vozes?”.
Após uns minutos de olhos vendados começa-se a ganhar confiança, perde-se o medo e no escurinho começamos a socorrer-nos de outros sentidos, ouvimos o que antes não prestávamos atenção, apuramos o olfacto e tacteamos o chão.