Exemplo único de um jardim típico do século XVIII, que não sofreu muitas alterações. Representativo de um espaço cripto-mágico. O seu valor advém não só do requintado tratamento decorativo, mas também da sua concepção arquitectónica. Cercado de altos muros, totalmente revestidos com azulejos, os jardins fecham-se entre si, sem qualquer contacto com o exterior. Tal como no Palácio Fronteira, encontramos uma estrutura espacial, onde se valoriza o passeio, que, com as suas colunas sugerem a transposição para um espaço interior irreal, tendo a cada topo um conjunto de fonte e arcada, que dá acesso a outro passeio que corre ao longo dos muros que o envolve. Estruturada segundo 3 grandes passeios ao longo dos muros e decorados com azulejos, bancos e alegretes. O azulejo surge aqui como uma fina película de brilhos que reveste todo o espaço envolvente, desdobrando-se em barras, molduras, colunas, vasos, capitéis, medalhões e painéis. A vegetação mistura-se harmoniosamente com a o espaço envolvente, todo ele decorado de azulejos.