O Fluviário de Mora é o primeiro grande aquário de água doce da Europa, aberto ao público na Primavera de 2007. Desde então, milhares de visitantes já observaram os diferentes tipos de habitats e as cerca de setenta espécies que neles vivem harmoniosamente. Algumas necessitam de uma atenção particular de todos nós: são espécies de água doce já desaparecidas dos nossos rios, como o esturjão; outras em risco de extinção, como o pequeno saramugo; outras de vital importância para o equilíbrio dos ecossistemas: trutas, gambúsias, rãs ou lontras. Podemos ainda, de forma interactiva, conhecer na exposição multimédia o ciclo da água e a relação (boa e má) do Homem com os rios ao longo da História.
Serviços: Auditório, Café/Bar, Espaço Internet, Exposições, Lojas, Parque de estacionamento, Serviços educativos, Visitas guiadasNo Alto Alentejo, conhecemos os habitantes da água doce que povoam os nossos rios. Estão albergados num edifício que é obrigatório ver de longe, para lhe apreciar o traço
Podemos morar numa grande cidade ou numa aldeia recôndita, não importa se o mar está próximo ou se estamos bem longe do litoral. Bem perto há sempre um curso de água que permanece um mistério para a maioria de nós. É curioso mas somos mais surpreendidos pelos habitantes dos rios, esses grandes desconhecidos, do que pelas espécies marinhas.
Os mistérios que os rios encerram são um excelente pretexto para se conhecer o Fluviário de Mora, aproveitando para passear nesta zona do Alentejo. O programa é excelente em convívio de amigos que se podem juntar à volta da boa mesa da região ou para alimentar a curiosidade das crianças.
Chamam-lhe carpa-chinesa ou carpa-japonesa e foi apanhada não muito longe. Não tem nada fora de comum este exemplar que agora nada no Fluviário de Mora, mas foi capturado na ribeira de Seda. É um bom exemplo de como é comum o nosso imaginário estar povoado de peixes mais próprios de aquários domésticos do que das águas que correm livres.
Como num rio ibérico
Em visita guiada ou em exploração livre, o percurso replica o curso natural dos rios. Logo à entrada, uma frase escrita na parede desperta o olhar: “Um rio é um ser vivo, um ser dotado de energia, de movimento, de transformações.” Na nascente as águas agitam-se, para de seguida, na zona do leito, onde são mais largas e fundas, se tornarem mais calmas.
Ao longo de todo o trajecto, sabemos onde se encontram as espécies que vemos, através do mapa de Portugal. Nem todas são naturais destas paragens, como é o caso da perca-sol, trazida da América do Norte, imagine-se, para combater o mosquito da malária. É um predador, mantém-se quase estático dono do seu território, pronto a atacar quem ousar medir forças. Como já está habituada à vizinhança, vive em coexistência pacífica com os outros espécimes.
Nas margens, encontram-se cágados ou rãs-verdes, entre outros anfíbios. E logo somos alertados para o perigo de libertar no meio ambiente as tartarugas domésticas, uma espécie invasora. Crescem muito e tornam-se numa grande ameaça especialmente para os cágados.