Fábrica Braço de Prata

Corridas do Bairro Alto, a Ler Devagar e a Eterno Retorno juntaram forças e partiram rumo a Braço de Prata para se alojarem no espaço antes ocupado por antiga fábrica de material de guerra. Criada em 2007, é um local privilegiado para as artes, para o debate de ideias e para as mais variadas manifestações culturais. Várias salas, diversas artes, um sem fim de propostas encerradas no mesmo espaço. Cada porta esconde um segredo. Existem quatro salas de galeria. Uma livraria polvilhada de exposições, uma livraria convencional que surge na sequência da famosa livraria Ler Devagar, conhecida também pela sua especialização na arte do cinema, três salas que serão lojas, uma sala onde a sétima arte ganha vida e uma esplanada. Um espaço moderno com uma decoração minimalista mas uma atmosfera agradável que vai convidando o visitante a ficar e ir ficando. Inadvertidamente, torna-se habitué... Kafka, Nietzche, Arendt, Deleuze, Virginia Wool, Turing, Artaud, Tcekov, Visconti, Marguerite Duras e Beauvoir. A memória de todos estes vultos passeia-se nos corredores e cada um delas apropria-se de uma das onze salas.

Estacionamento: Estacionamento privativo com capacidade para 200 carros.
Horário de funcionamento das bilheteiras: De quarta a sábado das 20:00 às 2:00.Domingos das 16:00 às 22:00.
Morada: Rua da Fábrica do Material de Guerra 1
Código Postal: 1950 LISBOA
Tel: 965518068
E-mail: fabrica@bracodeprata.com
Site: www.bracodeprata.com
Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa
Freguesia: Marvila

Copos e cultura


As noites da Fábrica Braço de Prata


Catarina Sacramento

No Poço do Bispo, uma antiga fábrica de material de guerra transformou-se em fábrica… de cultura. É um dos novos hypes das artes e letras em Lisboa, onde os livros, a música, os filmes, as conversas e as noites de copos e tertúlia são personagens de uma mesma história.

Na Fábrica Braço de Prata há concertos, exposições, sessões de poesia, projecções de filmes, conferências. Também se pode lá ir só para beber um copo, tranquilamente, ao fim da tarde ou ao serão. Mas sobretudo há livros, muitos livros por todo o lado: a forrar as paredes, e espalhados por estantes e mais estantes, ao longo de várias salas. Uns são decorativos, muitos outros encontram-se à venda. E não é por acaso. A Fábrica Braço de Prata nasceu da união de duas livrarias – a Ler Devagar e a Eterno Retorno –, que se mudaram do Bairro Alto para o extremo oposto da cidade.

Salas filosóficas

São doze salas – baptizadas com nomes de escritores, filósofos, pintores, cineastas ou pensadores, uns mais sonantes, outros menos óbvios: Nietzsche, Kafka, Rilke, Kandinsky, Duras, Visconti, Woolf e até Prado Coelho – e três ateliers, que ocupam uma área total de 700 m2. No Verão funciona ainda a esplanada exterior, que recebe os visitantes, logo que atravessam o portão.

À entrada, à direita, a sala Deleuze também funciona como cafetaria/bar – tem música ambiente, luz baixa e as suas paredes cor-de-rosa são uma autêntica montra de quadros e livros; o espaço é acolhedor e ali respira-se o ambiente de uma biblioteca combinado como o de uma sala de jantar; em frente, a sala Nietzsche exibe um piano de cauda (é aqui que têm lugar os concertos de jazz), mesas coloridas e, claro, estantes de livros a toda a volta.

E depois vale a pena deambular pelos corredores de tectos altos, ao ritmo que a vontade ditar, e ir descobrindo os seus diversos recantos. Numa mesma noite é comum haver vários eventos em simultâneo, o que permite circular por ali e escolher a sala que mais lhe agradar.

2008-02-20
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