O Comporta Café abriu as portas em Outubro de 2002. É um espaço implantado no areal da praia da Comporta, Península de Tróia, que tem como principal objetivo o bem servir. Permite almoçar ou jantar em frente ao mar, num ambiente aprazível onde reina o bom gosto, o bom serviço, a simpatia e a boa confecção da comida tradicional portuguesa. Não esquecendo o bom som e a vista magnífica do oceano Atlântico, este é um local onde se relaxa e aprecia a vida.
Acessos: A partir de Setúbal, tomar o ferry-boat para Tróia, depois seguir a estrada cerca de 15 km. Antes de chegar à localidade da Comporta, virar à esquerda em direcção à praia, seguindo a placa que indica restaurantes. A partir de Álcácer do Sal ou Grândola, seguir em direcção à Comporta e, depois de passar a localidade, virar à esquerda em direcção à praia.Não é só a boa gastronomia que convida à visita. Mergulhados na descontracção dos puffs, ou sob a luz ténue do interior, somos tratados como amigos, num sítio que é uma extensão natural da zona envolvente.
A memória tem destas coisas, confunde-nos nos factos mais improváveis. Habituamo-nos tão facilmente às coisas boas que ficamos convencidos de que há realidades que só podem ter sido sempre assim. Quando o Comporta Café nasceu em finais de 2002, Portugal ainda pouco partido tirava das praias, elogiando-as com espaços cuidados e confortáveis, excepto em casos pontuais.
Luís Carvalho e Ana Bouça correram a costa de lés a lés a observar o que havia, para criarem um lugar que desejavam único. E o Comporta Café marcou a mudança. Entre pequenos-almoços, comidas rápidas servidas no quiosque, copos que se vão bebericando, massagens de shiatsu à disposição, ou dançar até de madrugada, tudo pode acontecer por estas paragens.
Os donos vão mais longe no desejo de que os clientes se sintam como na sua própria casa, um espaço que não se visita, mas onde se está. Congratulam-se até quando se dão conta de alguém que acaba por dormitar, perdido no conforto dos puffs ou das camas de rede de cores garridas a contrastar com a areia.
Os desconhecedores poderiam pensar tratar-se de um típico sítio de Verão. É verdade que só nos meses de Julho e Agosto, as noites de sexta e sábado se agitam com as festas temáticas, animadas por DJ convidados, mas este é um local a visitar em qualquer altura. Mesmo na esplanada o tempo fresco é atenuado por mantas quentes e a ementa mantém a diversidade todo o ano. E a música acolhedora combina com a forma como nos sentimos mimados.
A cozinha é simples, valorizando a essência dos sabores, diz Luís Carvalho, o homem que lhe comanda os destinos. Quis regressar à gastronomia tradicional do litoral, com alguma originalidade à mistura. Uma receita de Peniche pode aparecer aqui recriada, mas também as viagens trazem mudanças e transformam palavras simples como “filete”, normalmente associadas a fritura.
Nas Maldivas experimentou um peixe de um porte digno de Obélix redimensionado numa porção mais comestível. Percebeu que era uma óptima maneira de apresentar alguns espécimes. Retirados cabeça e outros extras, os peixes grelhados em filete conquistaram até adeptos improváveis entre os mais novos.
Uma grande diversidade de peixes disputa a primazia (ou a coexistência pacífica quando se juntam) com os arrozes, ou não se estivesse numa das zonas de grande produção de carolino.