Uma das obras recentes com maior impacto no perfil e na vida cultural da cidade, foi pensada no âmbito da Porto "2001 - Capital da Cultura", vindo a ser inaugurada apenas em Abril de 2005, depois de alguns anos de atrasos e polémicas. Trata-se, antes de mais, um projecto arquitectonicamente arrojado, da autoria do arquitecto holandês Rem Koolhaas, situado junto à Rotunda da Boavista. À ousadia do edifício junta-se a ambição de uma programação dinâmica e inovadora, com espaço para todas as músicas, das grandes produções às manifestações de franja, capaz de atrair públicos variados, incentivando o gosto pela música, dinamizando culturalmente uma região que vai muito além do Porto, e colocando a cidade nos grandes roteiros internacionais de música. Isto para além de um papel importante na vertente educativa, com actividades, ateliers e workshops diversos, nomeadamente para as famílias e as crianças, e na área da investigação musical.
Realizam-se todos os dias visitas guiadas ao edifício, que dispõe de vários bares de apoio, para além de um requintado restaurante, com decoração contemporânea, onde se destaca uma peça de Joana Vasconcelos, magnificamente localizado na cobertura, com vista sobre a cidade.
Pé ante pé suba os inúmeros degraus da grande sala da cidade do Porto e descubra os segredos que a transformam também numa das obras referência da arquitectura mundial. O espectáculo vai começar.
De facto, dizer que esta é a casa de todas as músicas não é exagero. Da clássica ao pop, passando pela world music, jazz, bossa nova, electrónica e fado, um pouco de tudo já foi tocado ao vivo naquele que já é considerado um dos edifícios mais emblemáticos da cidade invicta. E se, no início se estranhou a aterragem de tamanha estrutura ali, logo no início da Avenida da Boavista, para quem vai em direcção à Foz, agora, a imponência do edifício e a sua versatilidade entranharam-se de facto na vida cultural portuense.
Na verdade, a Casa da Música não se tem cingido apenas aos espectáculos da Orquestra Nacional do Porto, que ali passou a ensaiar várias horas por dia, proporcionando uma movimentação regular de músicos e técnicos. A polivalência dos espaços permite que numa mesma sala se possam criar actividades para crianças, assistir a oficinas artísticas que não se esgotam em práticas musicais, apresentar espectáculos alternativos ou visitar uma instalação.
Suba-se o pano
Diariamente é possível fazer visitas guiadas ao edifício. Começa-se junto à bilheteira com uma pequena introdução às motivações da criação da Casa da Música e uma curta descrição do conceito que está na sua origem. Assim, ficamos a saber que o concurso internacional foi lançado ainda antes de 2001, ano em que o Porto foi Capital Europeia da Cultura, quando se desafiaram os melhores arquitectos do mundo para encontrar um projecto de vanguarda que de facto marcasse a diferença na cidade. Por coincidência, o edifício vencedor é de um arquitecto holandês, Rem Koolhaas, que tem gabinete em Roterdão, cidade que em 2001 também era capital da cultura.
A Casa da Música só abriu ao público em 2005. Desde aí, este portentoso diamante tem atraído a curiosidade de pessoas oriundas de todo o mundo. Para ouvir música, mas também para conhecer por dentro esta enorme escultura colocada no local onde se situou durante anos a antiga remise dos eléctricos da cidade.