O Boega Hotel, também conhecido como Quinta do Outeiral, é um solar senhorial dos finais do século XVII. O hotel e a quinta estão ligadas ao Caminho de Santiago. O atendimento é convidativo, familiar e a comida é excelente. Os quartos são luminosos e acolhedores com uma decoração onde se junta o antigo e o moderno.
Categoria: 4 estrelasPara quem procura serenidade
Conforto, bem-estar e tranquilidade são apenas alguns dos adjetivos que podemos utilizar para caracterizar esta casa senhorial do séc. XVII. Situado na pequena localidade de Gondarém, nos arredores de Vila Nova de Cerveira, o Boega Hotel (de 4 estrelas) é um dos ex-líbris da região pela paisagem que o rodeia e, acima de tudo, pelo bem-estar que proporciona.
Quando começamos a subir as ruas estreitas e sinuosas que nos guiam até ao Boega Hotel, dificilmente adivinhamos que, ao passar as suas portas, nos vamos deparar com uma das mais bonitas paisagens do norte de Portugal. Com vista para o Rio Minho, este hotel convida-nos a entrar num mundo completamente à parte…
Fundado em 1982, o nome está intimamente relacionado com um dos protagonistas do cenário, a pequena ilha da Boega. Noutros tempos, esta quinta senhorial estava ligada a um dos caminhos de Santiago, pelo que servia de albergue aos peregrinos que lá passavam. Atualmente é um dos refúgios de eleição para os espanhóis, já que a Galiza está logo ali tão perto, na outra margem do rio Minho.
Mas o que salta rapidamente à vista quando transpomos a entrada é precisamente a perfeita sintonia entre a moradia, os jardins que a circundam e o cenário envolvente. Todos os pormenores se conjugam, ficando difícil falar de cada um separadamente.
Despeça-se dos problemas antes do check-in
Rodeada por um claustro que faz germinar uma mística fonte dos desejos, a propriedade é composta por três edifícios, uma pequena capela preparada para realizar casamentos ou batizados, um campo de ténis e, ao lado, outro de futebol. Conta também com um parque de diversões para os mais pequenos e uma idílica piscina em pedra estrategicamente localizada na primeira fila da paisagem. O restaurante O Peregrino merece igualmente referência, não motivasse ele viagens propositadas ao Boega Hotel.
São 29 quartos espalhados pelos três edifícios, onde poderá optar pelos mais tradicionais ou pelos mais modernos, perto da piscina, construídos posteriormente para servir de suporte aos que já lá se encontravam. O que há em comum em todos eles é uma decoração cuidada e pensada ao pormenor, com divisões espaçosas e arejadas para que o hóspede sinta o máximo conforto e desfrute da paz que a herdade proporciona.
Ideal para uma escapadinha a dois ou umas férias em família, aconselhamo-lo a deixar os problemas à porta quando visitar o Boega Hotel até porque nem sequer se vai lembrar deles. Aliás, seria um desperdício fazê-lo. Vista antes uma roupa confortável, pegue numa toalha e vá até à piscina. Para lá chegar, percorra com tempo os jardins, cuidadosamente tratados e desenhados, como se fossem verdadeiras obras de arte. Desça as escadas em pedra, perca uns minutos a desfrutar da paisagem e, aí sim, instale-se numa das espreguiçadeiras disponíveis.
Quando o calor apertar, experimente dar um mergulho na piscina. Construída em pedra, tem outra particularidade: a água que a abastece vem da nascente e serve também o moinho da propriedade.
Comer, só ao tocar do sino
No restaurante O Peregrino vai sentir-se em casa. Ao transpor a grande porta de madeira, chega a uma pequena sala onde uma lareira em pedra torna o espaço bastante acolhedor. E porque aqui as tradições ainda são o que eram, não estranhe se na hora de servir ainda não tiver permissão para o fazer. Afinal, só depois de tocar o sino é que poderá levantar-se e guarnecer o seu prato (o serviço é habitualmente self-service). Uma criança escolhida ao acaso fica com essa tarefa, tornando o ritual ainda mais pitoresco.
À disposição estarão dois ou três pratos à escolha inspirados na comida tradicional portuguesa como um verdadeiro louvor aos saberes e sabores gastronómicos tão típicos e tão nossos. Aqui, o mote é provar de tudo um pouco. Delicie-se com o Bacalhau à Boega ou o Arroz de Marisco nos pratos de peixe, ou com o Cabrito e a Carne de Porco à Alentejana nos de carne. E é bom que haja ainda apetite para a sobremesa porque vale certamente a pena. Entre o leite-creme acabadinho de queimar, passando pela famosa tarte de morangos e pela torta de ovos moles, difícil vai ser resistir a prová-los a todos.
Para fazer a digestão, nada como ir tomar um café à esplanada do bar, mesmo ao lado da piscina. Esqueça o tempo, perca-se na paisagem, e aí fique até o sol se pôr. Porque no Boega Hotel não há pressas nem preocupações. Essas ficam à porta… E que bem que ficam!