No Minho, os doces são um verdadeiro altar barroco, dourado e voluptuosamente açucarados. O arroz doce, tão elogiado por Eça de Queirós, é enfeitado com canela em pó, em desenhos que fazem lembrar os das famosas toalhas e lenços de amor da região. Mas este é, acima de tudo, um doce nacional, existindo por isso diferentes tradições associadas à sua preparação e aos momentos em que é servido. Em Guimarães, a confecção de arroz-doce está associado ao Convento das Clarissas Vimaranenses.
Dicas para a confecção: Levar ao lume um tacho com dois decilitros de água e umas pedrinhas de sal, até levantar fervura. Juntar 75 gramas de arroz carolino com goma, que não deve ser lavado mas apenas limpo num pano. Logo que esteja aberto, deitar 1,5 litros de leite quente a pouco e pouco, mexendo. Depois adicionam-se 100 gramas de açúcar, deixa-se ferver um pouco e retira-se do lume para se juntarem seis gemas batidas (com umas pingas de água para não talharem). Levar novamente ao lume só para as gemas cozerem. Deita-se depois em pratinhos e quando estiver frio, enfeitam-se com canela.