Autêntica casa de pasto, serve com esmero e dedicação pratos da cozinha tradicional portuguesa. É uma casa simples, com ambiente acolhedor e onde se come muito bem. O espaço foi remodelado no início de 2012, ganhando em conforto e qualidade.
Dia(s) de Encerramento: DomingosHoje em dia, quando se vê a indicação de restaurante típico, existem, infelizmente, razões para desconfiar. Neste caso, no entanto, não há que hesitar. É só seguir a tabuleta que facilmente se descobre ao lado da Igreja de São Nicolau, à Ribeira. O resultado compensa.
Comecemos pelo sítio propriamente dito. Esquecendo o interior, mais adequado a épocas de invernia, é a esplanada que se escolhe, pequeno espaço conquistado no plano muito inclinado da rua. Daqui se tem uma vista magnífica sobre a Ribeira, o Douro e a Ponte D. Luís. Depois, é-se servido com muita, diria mesmo inusitada, simpatia.
Nas mesas, que são muito pequenas para aproveitar o espaço exíguo, as toalhas e os guardanapos de dimensão generosa são de bom algodão branco, com o serviço e os copos a corresponder.
Cozinha popular de autor
Agora há que apreciar os trabalhos que na cozinha o seu autor, autodidacta que começou muito novo a aprender os truques da profissão que escolheu, nos prepara. É pelos pratos do dia, que são vários e basicamente orientados para o peixe, uma atracção turística inevitável nesta zona, de frescura garantida, que se aconselha a ficar.
Mexilhões à Bulhão Pato ou uns carapauzinhos passados pela grelha e depois tratados com alho, salsa e bom azeite, podem ser duas boas entradas. Os mesmos carapauzinhos, agora fritos, são servidos com arroz de tomate, malandro q.b., saboroso com um toque inesperado de hortelã, ou as sardinhas, estas grandes e gordas, assadas com batatas e uma salada mista, farta, sem cenoura, com tomate, cebola e azeitonas, bem temperada com sal grosso.
Dourada, peixe espada, rodovalho e outros passam pela grelha conforme a disponibilidade do dia e a escolha do cliente. Os filetes de polvo com arroz do mesmo, seco; as tripas, de mérito e o bacalhau à Gomes de Sá em homenagem ao seu autor que viveu no vizinho e visível Muro dos Bacalhoeiros, são referências seguras.