As primeiras referências à produção de requeijão na Beira Baixa datam do final do século XIX, comprovando assim a tradição secular deste produto na região. O termo Travia aplicava-se quando a venda se fazia a litro, em recipientes designados por ferrados, dadas as características de fluidez deste tipo de requeijão.
O Travia da Beira Baixa apresenta-se como uma massa de consistência macia, mal ligada, granulosa e de cor branca. Resulta da precipitação ou coagulação, por acção do calor, das proteínas contidas no soro resultante do fabrico dos Queijos da Beira Baixa.
Dada a sua consistência mais ou menos pastosa, consequência da incorporação de algum rescaldão, não tem uma forma própria, assumindo a do recipiente que a contém. Possui sabor láctico adocicado e "bouquet" agradável, fundindo-se a massa facilmente na boca.