Com longa tradição termal, as termas de S. Jorge, na zona interior do concelho foram objecto de recente remodelação, conservando, no entanto, o edofício do balneário original. As águas - do tipo cloretado sódico sulfúrea - estão indicadas para o tratamento de doenças do aparelho respiratório, reumáticas, músculo-esqueléticas, da pele e do foro nervoso. Paralelamente podem praticar-se diversas actividades desportivas e lazer: o complexo dispõe de parques, piscinas, praia, ténis e tiro aos pratos.
Actividades desportivas: Ténis e Tiro aos pratos.Faça uma pausa...
Quem pensa que as termas é coisa para idosos e doentes tem andado distraído. Há lá alguém que não goste de meter o corpinho dentro de água e entregar-se a uma massagem como a que recebe num banho vichy. Jactos de água quente escorrem pelas costas massajadas pelas mãos de um anjo (só pode). A todo o corpo ou localizada como a que recebi à coluna. Bastam 15 minutos para se sair mais leve. As coisas boas sabem sempre a pouco, digo-o eu e o rapaz da fotografia...
Entre um tratamento ou outro, pode seguir-se um curto período de descontracção na sala de repouso. Nada de pressas, que para correrias já basta o dia-a-dia. Nesta altura só se circula de chinelo (de design curioso) e roupão, que vestuário e demais objectos estão bem guardados no cacifo longe de odores e contaminações.
A cada terapia corresponde sempre uma toalha lavada e fofa. A minha terapêutica seguinte, activadora da circulação, colocou-me dentro de uma banheira computorizada. A técnica programa e vai-se embora. O aquista fica só. Fechamos os olhos e entregamo-nos ao prazer. Esta espécie de cápsula onde nos colocamos (de cabeça de fora, claro) trata-nos da saúde. Os jactos de água, a diferentes temperaturas, são ascendentes e sequenciais e a diferentes temperaturas. Pés, gémeos e abdominais. Mais alguma coisa?
Tem o complicado nome de hidropressoterapia e é uma das novidades deste novíssimo balneário das Caldas de São Jorge, que aliás, não fosse o aroma a enxofre destas águas, até cheiraria a novo. Têm cerca de um ano estas paredes e estes equipamentos embora a tradição da prática termal seja de séculos. O edifício bicentenário ainda recebe, mas apenas nos períodos de maior afluência.
O antigo e o moderno
A fachada é bonita, simples e elegante. Dentro ainda se conservam os azulejos Viúva de Lamego e o piso que é antigo funciona como memória do passado. Na parte moderna, com decoração adequada, reina a luz natural. Ao centro, uma estátua dá de beber aos aquistas. O beberete em mármore feito por um artista da terra tem honras de estátua e obedece a uma visão poética da água que sai do coração de um anjo indo-lhe cair no ventre.