Considerado um dos mais importantes santuários rupestres da Península Ibérica, Panóias, nos arredores de Via Real, tem cerca de dois mil anos de existência, remontando à época pré-romana. Aqui podem ver-se covas escavadas no granito, ligadas por sulcos, que ao que tudo indica, serviam para fazer correr o sangue dos animais sacrificados. Por algumas inscrições romanas ainda legíveis ficamos a saber que este local serviu para rituais e sacrifícios em honra do deus Serapis, cujo culto se iniciou no Egipto. Antes de serem cremados, os animais eram envolvidos numa pasta conhecida por «mola». Depois as vísceras eram oferecidas aos deuses e a restante carne era dividida por todos.
Panóias deverá ter tido uma época áurea durante o período visigótico já que aqui terão sido cunhadas moedas de ouro, entre o século V até finais do século VIII. O santuário está vedado, funcionando num regime semelhante ao dos museus, fechando à segunda-feira e terça de manhã.
Está classificado como Monumento Nacional.