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Restaurante Lumen

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Integrado no Hotel Josefa d´Óbidos, abriu em março de 2015.

Acessos para deficientes: Sim
Ambiente e decoração: Estilo rústico.
Dia(s) de Encerramento: Não encerra
Especialidades: Entradas: Ameixas com bacon; Fritada de frutos do mar; Camarão à guilhão; Tomate Recheado; Vieiras frescas salteadas. Sopas: Canja de amêijoas. Peixe: Bacalhau à casa, Arroz de Tamboril; Combinados de peixe na Cataplana; Espetada de tamboril; Caçarola de peixe; Empadão de sapateira. Carne: Picanha na Pedra; Naquitos na telha; Tornedó à Casa; Rojão de porco. Doces: Pudim de maçã; Trouxas de ovos; Delícias; Fondue de chocolate com frutas; Toucinho do céu; Brisa de Liz.
Estacionamento: Sim
História: O seu interior é inspirado na pintora Josefa d´Ayalla y Cabrera, nascida em 1630, que assinava as suas obras com o nome de Josefa de Óbidos. Em 2003 conquistou o 3º prémio na categoria de carnes do Concurso regional da Estremadura.
Horário de Encerramento: 22:30
Lotação: 250
Necessidade de reserva: Aconselhável
Período de Férias: Encerra em Janeiro para férias.
Preço Médio: 14.00
Recomendado para grupos: Sim
Sanitários para Deficientes: Não
Serviços: Ar condicionado, Esplanada
Tipo de Restaurante: Regional
Área para fumadores: Não Fumadores
Morada: Rua Dom João de Ornelas Hotel Josefa d´ Óbidos
Código Postal: 2510 074 ÓBIDOS
Tel: 262955010
E-mail: info@josefadobidos.com
Site: www.facebook.com/pages/Restaurante-LUMEN-em-Josefa-D-Óbidos-Hotel/445630202266427
Distrito: Leiria
Concelho: Óbidos

Restaurante Josefa d'Óbidos – Óbidos


A ginginha e o resto


N'Dalo Rocha

Como entrada, comecei pela fritada de frutos do mar. O molho era saboroso, e os ingredientes como o camarão ou o mexilhão estavam apetitosos. Talvez por culpa do molho, mas esse é segredo do chefe de cozinha.

Aproveitando o meu bom apetite, só para não destoar, experimentei a seguir uma sopa de legumes para me ajudar a fazer o lastro que a fritada gulosamente comida não fez. Rematei com uns tenros lombinhos de porco com bacon e cogumelos, acompanhado por vinho tinto da casa, perfeitamente à altura da ocasião. Um almoço destes pode e deve ser prolongado, sob pena de não cair bem. E como sou fã desta filosofia de comer devagar, enquanto esperava pela sobremesa detive-me a observar mais detalhadamente este restaurante. Situado no andar térreo da Estalagem “A Josefa d’ Òbidos”, peca talvez por não ter janelas. Contudo, apesar da luz artificial, a iluminação é discreta e suficiente. A sala, embora bastante ampla, tem o espaço bem aproveitado, dando a sensação de ser mais pequena. Não sei se apenas por culpa das madeiras que revestem a parede ou não, mas a verdade é que me senti aconchegado sentado na minha mesa. Perdido nestes pensamentos enquanto tentava imaginar a pintora Josefa d’ Óbidos que no século XVII vivia por estas bandas, eis que sou chamado à realidade pela sobremesa, a saborosa pêra bêbada com canela. Comi e bebi bem e a conta ficou a rondar perto dos 20 €, mas para quem não está interessado em gastar muito, ao almoço há também o menu do prato do dia, substancialmente mais barato, e de qualidade semelhante à restante carta. Se vive em Óbidos, esta opção justifica-se plenamente, mas se não, é um desperdício não provar a carta deste restaurante que ficou em terceiro lugar no concurso regional de gastronomia da Estremadura.

Após a refeição, já mais do que bem reconfortado, subo ao andar de cima para me ferrar à conversa com o proprietário. É a hora sagrada do digestivo. E porque estamos em Óbidos, seria uma falha irrepreensível não experimentar a ginginha. Tal como o vinho do Porto no Douro, a verdadeira ginga só existe em Óbidos, e a que abastece a Josefa d’ Óbidos, é de qualidade superior. Do produtor ao consumidor, com ou sem elas, não apetece sair do bar sem regatearmos alguma garrafa. E por vezes estas negociações resultam. Assim é que dá gozo, aproveitar aquilo que a terra dá de melhor. E para terminar uma curiosidade importante. A pintora Josefa d’ Óbidos, ou melhor, Josefa d´Ayalla y Cabrera, veio a ganhar este nome artístico precisamente por ter vivido durante a segunda metade do século XVII nos arredores da vila, onde se instalou e pintava os seus quadros. Da sua criatividade, resultaram pinturas a óleo, algumas em telas e outros em retábulo, versando maioritariamente em motivos religiosos ou naturezas mortas com motivos caseiros. O Museu de Arte Antiga em Lisboa é dos melhores locais para se contemplar o seu génio artístico, embora também existam coleccionadores privados que possuem obras suas. Estas, infelizmente, não acessíveis ao grande público.

Informação Detalhada

2003-11-11
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