de 58
ver todos

Restaurante da Praia

de 58
ver todos

Localizado junto ao mar, na praia da Arrifana, uma das mais emblemáticas da Costa Vicentina, tem para oferecer uma grande variedade de sabores. O peixe sempre fresco, os percebes, a picanha na grelha, os petiscos típicos portugueses (como o polvo suado, a feijoada de choco, a moreia frita...), as saladas com produtos sempre frescos, os crepes (salgados e doces) e as sobremesas caseiras. A acompanhar, a vista deslumbrante e os aromas marítimos.

Acessos: Mesmo acesso que à praia da Arrifana conhecida pela sua íngreme descida. O restaurante fica um metros antes de chegar à praia à direita.
Acessos para deficientes: Não
Ambiente e decoração: Denota-se uma pequena influência do mundo do surf, que é mais visível no bar.
Dia(s) de Encerramento: Não encerra
Especialidades: Entradas: Amêijoas; Camarão; Salada de polvo. Peixe: peixe cozido; Sopa de peixe; Peixes grelhados no carvão (robalos, sargos, sardinhas, pargos); Caldeirada; Massa de peixe; Cataplana de peixe; Cataplana de marisco. Carne: Costeletas de porco; Lombo de vitela.
Estacionamento: Com sorte, na descida de acesso pode haver lugares para o carro. Se tal não for possível, a viatura pode ficar à entrada obrigando a um pequeno passeio até lá abaixo.
Horário de Encerramento: 23:00
Observações: Outros contactos: 917 936 795
Preço Médio: 25.00
Serviços: Esplanada
Tipo de Restaurante: Grill
Horário de Funcionamento: 01 Junho a 15 Setembro Restaurante > 09.30h às 24h00 Cozinha > 12.30h às 22.30h 16 Setembro a 31 Maio Restaurante > 10.30h às 20h00 Cozinha > 12.30h às 20h00
Morada: Praia da Arrifana
Código Postal: 8670 111 ALJEZUR
Tel: 282998527
E-mail: restaurantepraiaarrifana@gmail.com
Site: www.restaurantepraiaarrifana.com
Distrito: Faro
Concelho: Aljezur
Freguesia: Aljezur

Restaurante da Praia - Aljezur


O esforço compensa


Bernardo Vieira

Visto de longe, lá de cima, o que se pensa é mesmo no esforço que vai ser regressar, subir aquela colina onde é raro encontrar lugar para estacionar. Valerá a pena descer tanto — e depois subir, a pé, que esse é que é o problema — por causa de uma praia e de um restaurante?
Só quem nunca desceu até lá abaixo é que pode duvidar de quanto recompensa descer até à praia da Arrifana.

A praia propriamente dita, areal e mar, é uma estreita linha — que se alarga bem quando a maré desce — entalada entre a água e uma falésia às vezes castanha, às vezes negra. Imponente sempre. O mar é tranquilo para nadadores; mas com ondas, para alegria da multidão de surfistas que se espalham por ali, mais no mar do que em terra, diga-se.
Antes de pôr os pés na praia podem-se subir os degraus do restaurante e fazer logo alguns preparativos. Para almoço pode ser um dos crepes salgados. O vegetariano, por exemplo, apesar do nome, enche um estômago, por mais exigente que ele seja. Além disso, aproveita-se para saber que peixes foram pescados de madrugada, e reserva-se já o que for preciso. Tipo esperem aí que eu venho já.
Umas horas depois vêm-se mesmo. O corpo a saber a sal, a mesma roupa da praia, e mais uma camisola para quando começar aquele frio que a costa vicentina tem depois do sol se pôr. A propósito de pôr-do-sol — há uns loucos que quando o começam a ver baixar zarpam para o cimo da colina, e dali para o fim da Arrifana, junto a um promontório com uma ruína, de onde a vista é magnífica. Pode parecer um excesso de zelo, até porque o sol se põe todos os dias, mas quem já lá foi de propósito ver o dia acabar ali, sabe que a corrida é justificada.
Voltamos ao restaurante da praia. O João Pedro, um dos donos do restaurante, dá-se ao luxo de viver metade do ano ali e a outra metade em Pipa, no Brasil. O ano inteiro entre o surf e o peixe fazem do rapaz um especialista em tratar bem destes assuntos. Claro que as habilidades com a prancha não interessam tanto para o caso, mas o resto — peixe, grelhas, caipirinhas e outros prazeres de Verão — isso sim são para usar e abusar.
Na esplanada coberta por canas, escolhe-se uma das mesas, todas dispostas de maneira a que só um cego não veja o mar. Para começar, rende-se a devida homenagem ao Brasil em forma de caipirinhas. A quantidade é a que cada um achar que pode e deve. Depois, percebes. Se houver, são garantidamente frescos, e por vezes gigantes. Como sabe quem frequenta estas costas mais a sul, o mais vulgar é eles virem ainda quentes para a mesa. Quem não gosta, ou espera que arrefeçam, ou manda passá-los por água fria. Tanto faz. Basta pedir por favor, que aqui o serviço é bom. Descontraidamente bom. É outra das vantagens de haver gente com sotaque brasileiro.
Vem então o peixe que se pediu à chegada, acompanhado de belas batatas cosidas com casca, que é como devem ser cosidas as batatas. Depois, mais um crepe. Agora doce. De chocolate e côco, para insistir na homenagem ao Brasil. E então fica-se assim, o tempo que se conseguir, a ver aquela baía mansa, onde há quase sempre um veleiro a fazer inveja a quem tem vontade de dar a volta ao mundo.


Informação Detalhada


Seja o primeiro a avaliar
Receba as melhores oportunidades no seu e-mail
Registe-se agora