Restaurante com cozinha caseira, servida em doses generosas, e serviço personalizado. Muito frequentado por artistas, homens das letras e turistas, é um clássico do Bairro Alto e local de culto da capital. Casa antiga, uma das melhores casas de pasto do Bairro Alto, onde a comida caseira é tipicamente portuguesa. Para a mesa vêm os sabores e aromas de Portugal, produtos de excelente qualidade e bem confeccionados. Para sentar à mesa com a alma lusitana, basta abrir uma portinhola verde na rua da Atalaia e aterrar no país das maravilhas. Decorada em tons de verde, este restaurante típico caracteriza-se pelos azulejos na parede e as toalhas de mesa a condizer que caem sobre os mesas de madeira antiga que povoam este espaço pequeno e intimista.
Acessos: Metro: Baixa-Chiado.Fica à esquina da rua das Salgadeiras no Bairro Alto, perto do ponto onde a rua da Atalaia vai dar ao Calhariz.Na subida para o Bairro Alto, para quem vem do Largo do Camões, é só virar à direita na Rua da Atalaia, para que a escolha para o almoço logo se identifique pela sua tabuleta colorida. Já não é a original, como também não o é o proprietário, o Sr. Santos.
Sr. Santos esse que angariou uma popularidade grande ao longo dos muitos anos que comandou o 1º de Maio, e que, há cerca de três anos e meio, o vendeu. Bem vendido. Porque ao passar da porta envidraçada que abre o conforto desta casa, nada mudou.
Atitude inteligente dos actuais proprietários, onde se inclui um dos empregados mais fiéis e carismáticos da versão anterior, e que transformou os seus 15 anos de casa em participação no capital. Curiosamente, a origem dos novos proprietários reside pelas terras do norte. Na cozinha manda, e bem, o Sr. Manuel, também proprietário da próxima Tasca do Manel. O outro sócio, o Sr. Alcino, é também o dono da igualmente vizinha Adega das Mercês. Enfim, tudo gente ligada à restauração.
Cozinha de agrado inequívoco
Mas vamos ao que mais interessa, o que se passa no 1º de Maio. A casa, como já se referiu, mantém-se na mesma. Duas salas pequenas, uma com as janelas que dão para a rua, criando recantos com graça, como o são os da outra sala, onde uma pintura “naif” do miradouro de S. Pedro de Alcântara, em tons fortes de azul predominante, colmata a ausência de janelas, e permite apreciar o movimento de proximidade da cozinha. O espaço de manobra é curto e o balcão demasiado pequeno para uma boa cerveja de pressão. Só há de garrafa, mas para quê, quando se depara com uma extensa escolha, a ponderar, de vinhos? A frequência não engana. Clientes fiéis, que mesmo que gostassem de ir almoçar a casa, o que soa a muito estranho na cidade de Lisboa, não se arrependem, pelas provas dadas de permanência, de o fazer nesta, que será uma espécie de segunda casa. Os pratos do dia são sempre o melhor conselho, embora não se fixe o dia para nenhum deles, excepto para os bolinhos de bacalhau, à terça feira. São irresistíveis, bem quentinhos, acabados de fritar em óleo limpo, a acompanhar com arroz de tomate e pimentos e uma salada. A feijoada, à moda transmontana, com todos os seus pertences, apenas com o detalhe de o porco utilizado ser preto, como agora se usa, é um reconforto para o frio do inverno que corre. Complementa-a um arroz branco e solto, com sabor.
2007-02-07