Situado junto ao Hospital dos Capuchos, beneficia da envolvente do Jardim dos Sabores, um pequeno e bem arranjado espaço verde onde está inserido. A localização combina com o espírito da casa, que propõe um ambiente calmo e relaxante para apreciar uma refeição leve e saudável. Uma curiosidade: o Dalai Lama já foi aqui recebido.
Acessos para deficientes: SimNasceu num pequeno jardim de Lisboa por muitos conhecido “dos Sabores” e por outros “da Paz”, assim rebaptizado aquando da visita do Dalai Lama a Portugal. Quem passa e não conhece, pode até nem se aperceber do que ali está. Mas estranha, seguramente, e fica com vontade de saber o que servirá aquele quiosque octogonal todo envidraçado e que deixa ver mesas dispostas à sua volta. E tem esplanada e tudo!
Como se trata de um restaurante serve comida e esta para mais é saudável, nutritiva e leve porque são os vegetais e a fruta que ficaram com o papel principal. A cozinha com um dedo paquistanês e outro indiano, responde com rapidez ao pedido. E ele pode ser roti (pão achatado e recheado de muitas coisas), saladas (que têm por base três variedades de alface), seitans (bifes de glúten) e outros pratos de forno como a lasanha, o empadão e até a feijoada... de legumes, ou já esqueceu?
Igualmente de apostar são as sopas. Com o advento dos congelados esquecemos muitas vezes a tradição. Vai desculpar a gerência se não houver o legume que lhe apetecia, mas a horta e a praça também ditam algumas regras.
As sobremesas são uma doce tentação. As tartes, cheesecakes, e as mousses sendo a do Deserto (leite condensado, caramelo, aveia e tâmaras) a mais procurada. Álcool e refrigerantes não são aqui vendidos mas para que a garganta não se ache demasiado seca existe a opção do sumo de fruta natural, do lassi (batido de iogurte) doce ou salgado e das tisanas (de tília, alecrim, alfazema, erva doce, malva...). Muito mais a ver com o espírito do Psi.
Da casa, o chá frio de hortelã e mel foi de tal forma aceite que de Inverno até quente ele saiu. E se é pessoa que precise de um estimulante, troque o café pelo tchai, um chá de leite fervido com folhas de chá preto e especiarias. Pela novidade e pelo bem que deve saber.
Aberto também aos lanches para os mata-bichos do fim de tarde, onde as sandes, as tostas e as tisanas ganham outro protagonismo. E o preço também é tão leve quanto a comida servida e nem dá para ficar com uma indigestão pois raros são os pratos que ultrapassam os 6,25 euros.
Não se sabe se é pela decoração seguir os ensinamentos do feng shui se tudo é mesmo culpa da comida, mas daqui sai-se tranquilo e sem as dores de cabeça associadas a locais escuros e barulhentos. Se não houver espaço no quiosque outras salas no edifício disfarçado pelo muro se apresentam. E ainda tem o pequeno jardim que Junta de Freguesia e Psi (nome que está associado a uma transformação interior e cujo logotipo da borboleta isso demonstra) tentam manter arranjado e limpo.
O local é pequeno, mas ainda há espaço para o verde tropeçar com uma cascata artificial e com um lago com peixes. Mas o maior de todos, o salmão, não nada em água. Está representado ao centro da ponte. E tem um simbolismo muito especial porque avança contra a corrente. Este parece também ser o lema do Psi.