O Parque da Pena é o resultado das tendências intelectuais e artísticas do século XIX, ou seja, da época do Romantismo, e fruto da inspiração de D. Fernando II, marido da Rainha D. Maria II. Foi este quem, em 1840, com a ajuda de um arquitecto e um engenheiro, concebeu o projecto de todo o parque, que viria a envolver o Palácio da Pena.
O que se pretendeu foi criar uma naturalidade quase perfeita, rompendo com a rigidez formal dos jardins clássicos. D. Fernando II concebeu ambientes diversos e contrastantes marcados pelo insólito e pelo exotismo.
Assim, foram projectados lagos ligados entre si por cascatas, trouxeram-se plantas de todo mundo como espécies nativas da Europa, América do Norte, Ásia e Nova Zelândia, construíram-se pavilhões em diversos estilos arquitectónicos, assim como várias fontes, bicas, pequenos recantos e miradouros. De entre as plantas introduzidas neste parque destacam-se os fetos da Nova Zelândia, as criptomérias do Japão, as araucárias do Japão, as tuias da América do Norte e os cedros do Líbano, num conjunto de duas mil espécies. Neste parque também podemos encontrar locais convidativos, como é o caso da Cruz Alta que representa o ponto mais alto da serra de Sintra com 528 metros de altitude e onde no século XVI, por ordem de D. João III foi colocada uma cruz. No popularmente designado "Altar da Rainha", um conjunto rochoso, onde a natureza criou a forma de um cadeirão, temos uma magnífica vista para o morro onde está instalado o Palácio da Pena.