O Parque Biológico da Serra da Lousã (PBSL) é uma proposta multifacetada na oferta turística associando a educação ambiental ao enaltecimento de valores e tradições culturais da região. Situado em Miranda do Corvo, possui 12 hectares, sendo 7 de área florestal e 5 de área agrícola e social. Dos 12 hectares, apenas 5 hectares são visitáveis pelo público. Localiza-se próximo da EN 17-1 e da Estrada Nacional 342, a alguns minutos do centro da vila.
Integra um Centro de Informação / Bilheteira, Parque de Vida Selvagem, Quinta Pedagógica, Labirinto de Árvores de Fruto, Roseiral, Centro Hípico, Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais com Loja de Artesanato, Museu da Tanoaria e Restaurante Museu da Chanfana.
Na proximidade do PBSL existe uma zona gerida pelo Município de Miranda do Corvo que integra um Parque Desportivo com campos de jogos em areia e circuito de manutenção e de Lazer com piscina ao ar livre, parque de merendas e parque infantil.
Trata-se de um complexo turístico que visa a utilização sustentada dos recursos naturais através de actividades de recreio e lazer, assente no equilíbrio de três eixos fundamentais: o económico, o social e o ambiental.
Geologicamente a Quinta da Paiva (conjunto da zona do PBSL e a do Município) é predominantemente formada por arenitos, conglomerados, xistos e grauvaques e constituída por solos com pouca profundidade, denominados cambissolos, que se encontram ainda em processo de desenvolvimento, apresentando uma fertilidade natural mediana.
A sua flora reúne um conjunto de 88 espécies, entre árvores, arbustos e herbáceas. De salientar a vegetação ribeirinha, nomeadamente a presença de amieiros (Alnus glutinosa), salgueiros (Salix atrocinerea e Salix fragilis) e freixos (Fraxinus angustifolia e Fraxinus ornus).
A Quinta foi palco de uma economia agro-pastoril que motivou, durante séculos, o modo de vida das populações desta região, com estruturas representativas dessa vida comunitária, nomeadamente caminhos vicinais, muros de pedra xistosa, casa do caseiro, rio, açude, levada, moinho de água e engenhos de rega.
Neste sentido, o espaço contempla um ecomuseu onde exemplares de engenharia agrícola, hidráulica e eólica poderão funcionar como aulas vivas de etnofísica e etnomatemática, ligando a tecnologia à história.