de 1
ver todos

Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo

de 1
ver todos

Construída em finais dos anos 80 para abastecer Macedo de Cavaleiros e regar os campos agrícolas, a albufeira do Azibo é uma das maiores barragens em terra da Península Ibérica, apresentando uma paisagem envolvente com toques mediterrânicos.
Da colaboração entre a autarquia e os serviços do Ambiente resultou um parque de Natureza, dotado de caminhos pedestres, centro de interpretação, zona de merendas e uma praia fluvial, a 1 Km da aldeia de Podence, inserida num cenário de grande beleza natural. As margens que servem de refúgio a uma série de aves e pequenos mamíferos têm também um elevado valor ecológico, conferindo-lhe o estatuto de área protegida de interesse regional.

Acessos: IP4
Serviços disponíveis: Centro de Interpretação, Parque de Merendas
Título: Refúgio ecológico
Código Postal: 5340 SANTA COMBINHA
Tel: 278420426
E-mail: azibo.mmacedo@mail.telepac.pt
Site: www.azibo.org
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Santa Combinha

O Mediterrâneo em Trás-os-Montes


De repente, o frio de Trás-os-Montes pareceu-nos menor. Um autêntico microclima sobre esta albufeira do Nordeste.


Álvaro Curia

Não sabemos se é pura sensação psicológica, motivada por informações previamente recebidas. Mas o facto é que saímos de Alfândega da Fé com menos de 5 graus no termómetro do carro e quando chegámos à Albufeira da Barragem do Azibo o mesmo termómetro tinha subido até aos 18 graus.

Estranhámos. Afinal sabemos que estamos em Novembro e que em Trás-os-Montes faz aquele frio de neve que não regela mas corta como navalhas. Mas depois começámos a perceber que por lá as pessoas passeavam com menos agasalhos, levando as ovelhas e o outro gado a pastar pelas margens de um imenso lago, uma albufeira. Como era dia de semana poucos vimos que não estivessem a trabalhar: ora pastando o gado acompanhados de dois ou três cães, ora lavrando aqui e ali algum terreno, ora dando algumas ordens técnicas ao condutor de um veículo em plena barragem. Mas onde estamos? Só conseguimos ver água, neste vasto lago cor de prata. A albufeira é bordada nas suas margens por diferentes tons de verde, que vão desde chorões a outras árvores com um toque mediterrânico muito pouco característico de Trás-os-Montes. Não faltam por lá pinheiros, que se agrupam formando uma autêntica cortina quase transparente para a água, em jogos de sombra e luz naquele início de tarde. Num dia em que a temperatura subiu na gélida província nordestina e vimos a Natureza mostrar uma paleta diferente de cores e sons.

Sim, porque além dos sinos das cabras e dos sons pachorrentos das vacas que por lá pastam, são inúmeros os animais que se atravessam no caminho, furando a mata e trepando árvores. Pareceu-nos ver esquilos a fugir, uma raposa a esconder-se entre a folhagem e o canto despreocupado de muitos pássaros, cantos que quase não conseguimos decifrar e perceber. A Barragem do Azibo, que deu origem a esta albufeira com o mesmo nome, teve a sua origem no final dos anos oitenta. A construção foi erguida de forma a suprir as necessidades de abastecimento de água de toda a região de Macedo de Cavaleiros. Para quem está mais esquecido da geografia nacional, Macedo de Cavaleiros é uma cidade típica do Nordeste português, a escassos setenta quilómetros de Bragança. A barragem surge então como uma lufada de ar fresco numa região um tanto ou quanto árida, ou pelo menos de grande variedade de paisagens.

2003-11-25
Seja o primeiro a avaliar
Receba as melhores oportunidades no seu e-mail
Registe-se agora