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Museu Nacional de Arte Antiga

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Instalado num belo palácio de Alvor do século XVIII, com vista sobre o rio e a zona portuária, este é um dos museus mais visitados em Portugal. A sua importância reside no facto de reunir o mais significativo espólio da arte portuguesa dos séculos XIV a XIX, indispensável para um entendimento da história da arte em Portugal. A criação do Museu surgiu da necessidade de albergar as obras de arte da Igreja que passaram para as mãos do Estado, aquando da abolição das ordens religiosas, após o triunfo dos liberais, em 1834. Desde essa altura, o seu espólio foi sendo enriquecido por diversas vias, nomeadamente com as peças oriundas dos Palácios Reais e das Sés e Paços Episcopais, e com diversas acções de mecenato, doações e legados. O acervo do Museu compreende as Artes Plásticas (Pintura, Escultura, Desenho e Gravura) e as Artes Decorativas (Ourivesaria, Cerâmica, Têxteis e Mobiliário). A colecção de Pintura abrange cerca de 2200 obras, que vão do século XIV aos anos vinte do século XIX, estando dividida entre pintura portuguesa e pintura europeia. Aqui merece referência especial o famoso e misterioso conjunto de seis painéis de figuração nacional, conhecido como "Políptico de São Vicente", atribuído a Nuno Gonçalves. A ourivesaria está representada com 3200 peças (do século XII ao século XIX), de origem portuguesa e francesa. Rica em variedade, a colecção de cerâmica inclui cerca de 7500 peças em faiança e porcelana de diversas origens e expressivas de fabricos europeus, nacionais e orientais. A exposição dos têxteis é rotativa, devido às características das fibras, sendo composta por cerca de 4500 peças no seu total. Relativamente ao mobiliário (1700 exemplares), é possível encontrar raridades portuguesas, europeias e orientais. Como obras conhecidas deste museu, para além dos "Painéis de São Vicente", é de destacar os Biombos Namban, o tríptico "A tentação de Santo Antão" de Bosch ou retrato de São Jerónimo da autoria de Albrecht Dürer. Para relaxar ou reabastecer forças após a visita, nada melhor que aproveitar o ambiente calmo e acolhedor do restaurante ou da cafetaria do Museu, com a companhia do Tejo em fundo.

Acessos: Autocarros: 14, 27, 28, 32, 40, 49, 60. Eléctricos: 15, 18, 25.
Dia(s) de Encerramento: Segundas, Terças de manhã
Horário de visita: 3ª feira: 14h00-18h004ª feira a Domingo: 10h00-18h00Encerrado às 2ªs feiras, 3ªs feiras de manhã, 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.
Marcação prévia: Aconselhável para visitas em grupo e para dispor do Serviço Educativo. Marcações nos dias de funcionamento do Museu, por telefone, das 9:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00.
Nº máximo pessoas por grupo: 25
Observações: O Museu encerra a 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.Entrada gratuita aos domingos e aos feriados até às 14.00h.Museu pertencente à DGPC - Direcção-Geral do Património Cultural
Serviços disponíveis: Centro de Informações, Loja, Livraria, Café e Restaurante. Serviço Educativo e Visitas Temáticas.
Morada: Rua das Janelas Verdes 9
Código Postal: 1249 017 LISBOA
Tel: 213912800
E-mail: geral@mnaa.dgpc.pt
Site: www.museudearteantiga.pt
Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa
Freguesia: Santos-o-Velho

10 Obras de Referência - Museu Nacional de Arte Antiga


Peças que falam.


Ana Raposo

O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) fecha as suas portas às 18 horas, excepto na última quarta-feira do mês, dia em que os visitantes são convidados a ficar, ou a entrar, para uma viagem guiada por alguns dos tesouros artísticos mais relevantes deste museu.



No terceiro piso - a que se tem acesso pela escadaria principal - cerca de 150 pessoas estão num silêncio absoluto. A razão prende-se pela iniciativa «Visita a 10 Obras de Referência», já na segunda edição, que o Museu Nacional de Arte Antiga realiza todos os meses.

O objectivo é a divulgação e promoção do património cultural, permitindo aos diversos públicos do MNAA uma visão imediata da importância histórica e da diversidade tipológica das obras em exposição.

O público presente não é homogéneo. Pessoas de todas as idades, como especialistas, estudantes, professores e reformados conquistam o espaço, algumas sentadas nas cadeiras dispostas para o efeito, outras de pé, com os olhos atentos no painel onde se projectam imagens da peça em destaque – uma escultura datada do segundo quartel do século XIV, pertencente à Oficina de Mestre Pêro, intitulada «Virgem com o Menino».

Antes de se dar início à sessão, são distribuídas folhas informativas com um pequeno resumo sobre a obra-prima que se exibe, o que ajuda – e muito – à sua contextualização. Luísa Penalva e Anísio Franco - especialistas em História de Arte e técnicos do MNAA - satisfazem os olhares curiosos. O tempo é limitado, mas nada fica por explicar. Devido às influências que a sua arte manifesta, A Virgem com o Menino, uma figura central na evolução da escultura gótica trecentista em Portugal, atribui-se a um artista estrangeiro, talvez de origem aragonesa. Não se sabe ao certo a data da sua chegada ao país, sendo possível ter vindo por volta de 1330, escassos anos após a morte de D. Dinis (1325), nos primórdios do reinado de D. Afonso IV, seu filho.

2007-04-24
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