O MUDE, Museu do Design e da Moda, abriu portas em plena Baixa Pombalina, perto do arco da Rua Augusta, nas antigas instalações da sede do Banco Nacional Ultramarino. As paredes com cimento à vista contrastam com o luxo das peças apresentadas. O museu contem algumas das peças que estiveram no Museu do Design do CCB e promete mostras regulares e temáticas. No MUDE poderá ver trabalhos de designers como Russel Wright, Charlotte Perriand, Ettore Sottsass e Mar Newson e peças dos estilistas Pierre Balmain, Paço Rabanne, Jean Paul Gaultier, Vivienne e John Galliano.
Acessos: Metro: Praça do ComércioSe anda nostálgico, vá ao MUDE. Na mesma sala, pode recuar até aos anos 40 pela mão de Le Corbusier, avançar para os anos 70 pela voz dos Beatles e ainda fazer uma paragem em Memphis, Estados Unidos da América, nos anos 80. E quando se fartar de andar pelo passado, tem bom remédio: regresse ao futuro. Não encontra um DeLorean para a viagem, mas pelo menos Vespas e Lambrettas há-de dar com elas, se lá for até 24 de Outubro.
Passeando pela Baixa lisboeta, é impossível não dar com a fachada do MUDE. A caminho do arco da Rua Augusta, onde antes ficava a sede do Banco Nacional Ultramarino, encontra um cartaz gigante com imagens de peças tão icónicas como o bule colorido de Marco Zanini, uma capa desenhada por Alexander McQueen ou um candeeiro de Gaetano Pesce. Para vê-las mais de perto, entre. Não custa nada…
O aspecto sóbrio do edifício contrasta com o seu interior, aparentemente inacabado. Isto porque a sala do primeiro piso tem os tectos por terminar, paredes ainda em cimento e respectiva cablagem eléctrica à vista. Dir-se-ia que as salas de exposição se assemelham, literalmente, a uma casa em obras. Os trabalhos de recuperação do prédio foram travados repentinamente porque este está classificado como imóvel de interesse público. Ainda assim, ao observar o espaço em bruto, a directora pensou que seria o lugar ideal para albergar um museu que se quer em permanente mutação.
Há ordem no caos
No primeiro piso encontra a exposição permanente feita com o espólio do museu. As peças vão sendo alternadas de dois em dois meses mas há trabalhos âncora que permanecem. Falamos, por exemplo, da estante de Le Corbusier ou o sofá Joe de Lomazzi, Donato D'Urbino e Jonathan de Pás.