Um dos miradouros mais emblemáticos da cidade, reabriu totalmente renovado em Fevereiro de 2008, após ter estado encerrado alguns meses para obras de melhoramento de vieram restituir a dignidade que o local merece. Situado junto ao Bairro Alto e sobranceiro à Avenida da Liberdade, oferece um dos mais belos panoramas da cidade de Lisboa.
O jardim de S. Pedro de Alcântara, construído no século XIX, foi edificado a partir de um terreno em socalcos. O seu nome popular vem do convento de frades arrábidos que está em frente, edificado no século XVII. O passeio foi construído sobre o resto das muralhas das inacabadas obras de Águas Livres, que aqui planeavam construir um grande reservatório para abastecimento da zona oriental da cidade, que nunca se chegou a realizar. Entretanto, o local tornou-se vazadouro público, até que, em 1830, com o aquartelamento do comando da Guarda Real da Polícia e a construção das suas cavalariças, começaram os trabalhos de arborização.
Em 1835, a autarquia passou a estar encarregue por este espaço, construindo as duas escadas laterais que estabelecem comunicação entre as duas partes, depois de gradear o plano superior e inferior. O conselheiro Agostinho da Silva foi o responsável por este trabalho de ajardinamento e de melhorias. Os canteiros seguem uma tradição à francesa, de flores e arbustos geometricamente desenhados, onde foi colocado um lago de repuxo, ladeando os passeios de areia, assentando entre os canteiros, plintos, sobre os quais estavam vários bustos de deuses e heróis da mitologia greco-romana, assim como de algumas figuras históricas ligadas aos Descobrimentos. O tabuleiro superior foi transformado em alameda, com densa vegetação, bancos e um "tanque" transportado dos jardins da Bemposta ou do Palácio da Rainha.
Também podemos ver aqui um painel de azulejos da autoria de Fred Kradolfer que apresenta os principais pontos que se podem avistar a partir deste jardim e a estátua do fundador do jornal "Diário de Notícias", Eduardo Coelho.