Com uma localização excepcional em frente ao Tejo, o Lux é o bar/discoteca lisboeta que goza de maior reputação nacional e internacional. Manuel Reis transferiu o savoir-faire do Frágil (no Bairro Alto) para um espaço à medida e consta que John Malkovich é sócio da casa, tendo estado presente na inauguração. O Lux é um mega-espaço que se estende por três pisos: discoteca no rés-do-chão, bar no primeiro andar, com varanda sobre o rio, e terraço no topo, com vista sobre a cidade e o Tejo. No bar, o espaço é amplo e também aqui se dança, embora em ritmo menos acelerado que no piso térreo. A originalidade nahal característica da decoração, que muda com bastante regularidade. A programação musical é cuidada e arrojada q.b., procurando acompanhar as vanguardas e diversificar estilos musicais. Os apreciadores de vinho encontram também aqui um bar com uma selecção de bons vinhos a copo. Por todos os seus atributos, o Lux é frequentemente apontado (pelas revistas da especialidade e por diversos opinion makers) como um dos melhores clubes da Europa.
Acessos: Junto à Estação de Comboios de Santa Apolónia.Definir o Lux hoje é simples: é a discoteca mais conhecida da cidade e, provavelmente, do país – cá dentro e lá fora. Nasceu há 10 anos num armazém (datado de 1910, onde funcionou uma empresa de estiva) em frente à estação de Santa Apolónia e é hoje um ícone nocturno e cultural da cidade. Mas o que aconteceu numa década para haver semelhante impacto?
Muita coisa e muito rapidamente. O Lux foi criado por Manuel Reis, ex-proprietário do famoso Frágil, no Bairro Alto, e dono da loja de design Atalaia e do restaurante Bica do Sapato (tudo em Santa Apolónia).
Manuel Reis deslocou os seus negócios do Bairro Alto para o Cais da Pedra, a convite da Administração do Porto de Lisboa e também porque à época urgia a necessidade de criar uma nova vanguarda nocturna e intelectual.
Aliás, foi no momento da passagem do velhinho Frágil para outras mãos que nasceu o Lux, numa altura em que o país vivia mais próspero e menos cabisbaixo, com a euforia pós Expo-98. O espaço inaugurou no penúltimo dia da exposição.
Grandes dimensões
O Lux é um espaço de grandes dimensões, vivido naturalmente, em diversos comprimentos de onda ou gostos. O espaço emblemático é um primeiro andar com uma enorme varanda sobre o Tejo, cuja decoração e organização espacial está em constante mudança.
A música é variada, mas mais abrangente do que a que se ouve quando se desce as escadas. No piso de baixo as ondas electrónicas soltam-se com mais força e agressividade. O espaço é escuro e despojado (alimentando o conceito de “underground”) e é também o sítio onde acontecem a maioria dos concertos que a casa programa.
O terraço funciona como um terceiro piso cuja ocupação acontece sobretudo quando a temperatura começa a aquecer. Ocasionalmente há espaços acrescentados e decorados para festas e eventos.