Obra idealizada e construída no tempo de D. João V, o parque da Quinta de Santa Cruz (hoje conhecido como Jardim da Sereia) deve-se a Frei Gaspar da Encarnação, ministro que, entre 1723 e 1752, reformou o Convento de Santa Cruz, um dos mais importantes monumentos da cidade. O objectivo era o de criar um parque adequado à contemplação.
A entrada do Jardim da Sereia, voltada para a Praça da República, junto à universidade, é coroada por três estátuas representando a Fé, a Caridade e a Esperança. A influência do barroco francês manifesta-se nas alamedas debruadas a loureiros, bem como nos lagos, tanques, canteiros e elementos decorativos, como os painéis de azulejos e a estatuária. No corpo central destaca-se uma escultura da Virgem, enquadrada por duas alas com repuxos. Merecem ainda atenção especial a Fonte da Nogueira, construída à base de solidificações calcárias extraídas de grutas naturais dos arredores da cidade, e o recinto para o jogo da péla. Sujeito a uma profunda intervenção durante o primeiro semestre de 2005, o Jardim da Sereia recuperou o encanto que o tempo havia atenuado, proporcionando aos seus visitantes uma agradável experiência.