Este belíssimo hotel resulta da recuperação de um antigo convento franciscano, datado do final do séc. XVI. Integrado numa região histórica do Alentejo, no centro da vila de Alter do Chão, o edifício foi cuidadosamente recuperado, mantendo a traça original. O hotel oferece um excelente acolhimento, dispondo de diversas áreas comuns, piscina exterior e solário panorâmico. Os seus 30 quartos estão equipados com telefone, TV LCD por cabo, cofre e ar condicionado. O restaurante serva comida regional.
Acessos: A 34 km de Portalegre. N359, IP2, N119, N245.É no nordeste alentejano, em pleno centro da vila de Alter do Chão, que se ergue o recente Hotel Convento D’Alter. Inaugurada em Agosto de 2005, fruto da recuperação do antigo Convento de Santo António - um antigo Convento Franciscano do final do século XVI, esta unidade hoteleira convida-nos a um regresso ao passado, presenciando histórias há muito intocadas.
Um autêntico museu
Do exterior, o edifício não se parece em nada com um convento. Composto por dois pisos e de arquitectura exterior tipicamente alentejana, a imperar o branco e o amarelo ocre, qualquer comum mortal não imaginaria que um dia foi ali construído um imponente convento franciscano.
É ao atravessarmos a porta principal, que dá acesso à recepção, que recuamos aos antepassados. Aqui, onde o tempo parece ter parado, onde cada recanto tem uma história para nos contar, não há pressa de regressar ao mundo lá fora, com tanta memória que este espaço tem para nos revelar.
Uma das maiores preocupações na reconstrução e reabilitação do Hotel foi a de preservar toda a riqueza e esplendor da traça original do Convento. Pormenores deslumbrantes persistem neste verdadeiro ‘museu’ do passado – as paredes, decoradas com esculturas e pinturas a retratar a época, bem como arcadas (algumas ainda originais), são algumas das obras de arte que podem ser apreciadas. Um lugar singular, onde o novo espelha o antigo, mesmo que, com um olhar mais atento, nos apercebamos de que, na sua maioria, são trabalhos de restauro executados ao mais ínfimo pormenor.
Ao ritmo secular (da História)
Para começar a manhã de uma forma tranquila e serena, o pequeno-almoço é servido numa das diversas salas existentes no piso térreo do Hotel, onde outrora se situavam os claustros do convento. Da época, apenas restam os arcos. À saída, pela porta principal, pare e olhe para cima: o tecto conserva um magnífico fresco representando uma cruz, pertencente ao período de construção do convento. Descoberta durante a reconstrução do edifício, esta pintura encontrava-se por debaixo de uma outra, e de uma espessa camada de cal.
De entre as inúmeras áreas comuns, a sala de estar do piso inferior é um espaço muito agradável, ideal para uns momentos de convívio. Cheio de recantos acolhedores, aqui, como em todo o Hotel, imperam os painéis de mármore em cores salmão e amarelo claro. O chão, de pedra, conseguiu sobreviver à intempérie dos séculos, permanecendo intacto e indiferente ao passar do tempo.
Não se sabe ao certo o que funcionava neste espaço, mas suspeita-se que aqui tenha sido uma cozinha, pela existência de uma grande lareira, ao fundo da sala. Uma particularidade deste local, e que não deixa ninguém indiferente, é uma pequena estátua religiosa que se encontra num nicho, no cimo de uma porta que dá passagem para o bar. Uma preciosidade!
