Fábrica das Palavras - Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira

A nova biblioteca municipal e equipamento cultural denominado Fábrica das Palavras foi inaugurado em setembro de 2014. Resultado da recuperação de uma antiga fábrica de descasque de arroz, é um projeto da autoria do arquiteto Miguel Arruda. Situado à beira-rio, beneficia de uma magnífica envolvente permitindo ao visitante uma ligação contínua com o meio exterior: de um lado a cidade, do outro o rio e a lezíria.

Dia(s) de Encerramento: Domingos
Funcionamento / Observações: A Biblioteca encerra na primeira quinzena de Agosto, para obras gerais de manutenção, desinfestação das salas e reorganização do serviço.
Horário de Funcionamento: Segundas, das 14:00 às 19:00; Terças, Quartas e Sextas, das 10:00 às 19:00; Quintas, das 10:00 às 22:00; Sábados, das 10:00 às 13:00.
Serviços disponíveis: Sala infanto-juvenil, Secção de periódicos, Sala/Equipamento de audiovisuais, Computadores, Auditório, Bar/Cafetaria, Espaço para exposições, Acesso à Internet
Morada: Largo Mário Magalhães Infante Cais de Vila Franca de Xira
Código Postal: 2600 187 VILA FRANCA DE XIRA
Tel: 263271200
E-mail: fabricadaspalavras@cm-vfxira.pt
Site: bmvfx.cm-vfxira.pt/
Distrito: Lisboa
Concelho: Vila Franca de Xira
Freguesia: Vila Franca de Xira

Fábrica das Palavras


Livros com uma fatia de Tejo


Paula Oliveira Silva

No local onde durante décadas funcionaram os silos de uma antiga fábrica de descasque de arroz, em Vila Franca de Xira, plantaram há cerca de ano e meio as sementes de uma das mais modernas bibliotecas municipais do país. Inaugurada no passado dia 20 de setembro, foi batizada de Fábrica das Palavras. Um nome que está longe de ser um mero detalhe…

Quando o Tejo encontra os livros

Sete pisos num total de 3200 m², albergam cerca de 80 000 livros entre romances, novelas, contos, enciclopédias e dicionários, obras de Filosofia, Religião, Psicologia, Arte, Zoologia, Informática e muito mais.

Embora a entrada seja pelo rés-do-chão, começamos por falar do 4º andar porque é aqui que os livros mais se fazem ouvir. É neste piso que pode consultar (a Fábrica das Palavras está aberta a toda a gente) e requisitar (apenas acessível a portadores de cartão de utilizador) tudo o que for obra escrita.

Descendo um andar (a pé ou de elevador) dá de caras com mais ou menos 8 000 CD, DVD e Blue-Ray. Coisa pouca. Não é preciso contá-los porque alguém já se deu a esse trabalho. Esta é a morada dos suportes audiovisuais, onde encontra computadores com acesso à internet e até tablets. E é tudo gratuito. Os únicos serviços que se pagam são as impressões e as fotocópias.

O segundo andar é dedicado aos mais novos. Os computadores, as consolas Wii a zona de bebéteca (para os bebés) e de expressão plástica, os ateliês e a Hora do Conto – atividades sujeitas a marcação - funcionam como atrativos para levar os mais novos à biblioteca. Porque de pequenino é que se torce o pepino.

O piso 1 é galeria, cafetaria e local de leitura de periódicos. Aqui poderá ler as últimas do dia (disponível a imprensa local e nacional, generalista e especializada) enquanto toma um café ou uma refeição ligeira com o Tejo e a lezíria no horizonte.

E assim chegamos ao piso 0 – o 5º e 6º estão ocupados com a direção, os serviços técnicos e o depósito documental – onde existe um auditório com capacidade para 120 pessoas e uma sala polivalente palco dos espetáculos musicais, conferências, teatro e cinema.

Palavras, sons e imagens rio-a-dentro

Mais que uma casa dos livros, esta biblioteca funciona como centro cultural onde há Sábados Originais – concertos de soul, R&B, blues, fado – e Domingos Mágicos – sessões de cinema pela manhã dirigidas aos mais novos. As sextas trazem noites de jazz e jam sessions e uma vez por mês haverá concertos de músicas do mundo e espetáculos com solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

E porque as imagens encerram em si muitas palavras, Nasci com Passaporte de Turista e Outras Fotografias – é o título da exposição inaugural inspirado no conto do vilafranquense Alves Redol. Nesta mostra de 34 fotografias a preto e branco, Afonso de Burnay traz para esta margem do Tejo, a cultura dos povos ribeirinhos do rio Mekong, na Ásia.

Para terminar, não poderíamos deixar de referir outro nome, Miguel Arruda, o arquiteto que desenhou esta singular peça de arquitetura que se abre à paisagem, com a cidade e a linha de caminho-de-ferro, de um lado, e do outro o Tejo a fazer-se notar. E agora que já sabe que existe um sítio assim, passe a palavra.


Biblioteca Fábrica das Palavras
Largo Mário Magalhães Infante
Cais de Vila Franca de Xira
Tel.: 263 271 200
http://bmvfx.cm-vfxira.pt
Encerra segunda-feira e feriados


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