A fábrica da pólvora fixou-se, em 1894, numa zona de matas e campos agrícolas da atual freguesia de Corroios. Quatro anos mais tarde, transitava da firma Francisco Carneiro & Comandita, a sua primeira proprietária, para a Companhia Africana de Pólvora, SARL.
Foi já em 1921 que foi comprada por Francisco Camelo e Armando Luís Rodrigues, tendo este último vendido a sua quota a Francisco Camelo, propiciando a constituição da Sociedade Africana de Pólvora, Lda, que se manteve sob a gestão da família daquele industrial até ao seu encerramento.
A Sociedade Africana e Pólvora permaneceu em laboração até 2001, ano em que a Câmara Municipal do Seixal decidiu criar uma extensão museológica com base no circuito da pólvora negra, a fim de o integrar na estrutura territorial do Ecomuseu Municipal, começando por musealizar e abrir ao público a antiga e já desactivada Oficina de Carbonização, quando a fábrica estava na iminência de encerrar e em vias de suspender o alvará de produção de pólvora negra.
A extensão na antiga Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços visa a preservação e musealização de um conjunto classificado como monumento de interesse público em dezembro de 2012. O seu reconhecido valor patrimonial e de toda a área onde se insere o centenário Circuito da Pólvora Negra da antiga Sociedade Africana de Pólvora, Lda. (SAP), norteou a sua preservação e o projecto de estudo.