Região pioneira na elaboração de produtos vinícolas, a cultura de vinha na Península de Setúbal remonta à época dos Fenícios e dos Gregos, tendo conhecido um incremento durante os séculos de ocupação árabe. A tradição vitivinícola é confirmada por diversas referências históricas ao vinho da região, como a que consta no primeiro foral de Palmela, atribuído em 1185 por D. Afonso Henriques.
As castas tintas ocupam cerca de 80% do encepamento total, predominando a Castelão Francês, popularizada como "Periquita", por ser a marca do mais antigo vinho de mesa português, com mais de 150 anos. As castas brancas mais cultivadas são a Fernão Pires e a Moscatel de Setúbal, utilizada para o vinho generoso com o mesmo nome, cuja área produtiva se encontra delimitada desde 1907.
O clima é misto, sub-tropical e mediterrânico, com amplitudes térmicas médias e influenciado pela proximidade do mar e pelas bacias hidrográficas dos rios Tejo e Sado.