Jóia arquitectónica da Arte Nova num dos últimos palácios da Europa. A tradição da hospitalidade portuguesa e do serviço personalizado num quadro de rara beleza. Rodeado por jardins, alamedas de rosas e vinhedos, o Hotel Palace da Curia, a poucos quilómetros de Coimbra e Aveiro, é um local privilegiado para umas férias reparadoras e tranquilas ou uma cura de águas. O "La Belle Époque" proporciona excelentes especialidades regionais e pratos da cozinha tradicional portuguesa, acompanhados pelos famosos vinhos do Bussaco. Pela qualidade do serviço e pela paisagem magnífica em que o hotel se insere, é certamente uma paragem obrigatória e inesquecível. O hotel dispõe também de amplos salões e terraços, verdadeiros expoentes do revivalismo dos anos 20, que proporcionam um ambiente excepcional e único para a realização de festas, conferências e congressos. Disponibiliza uma grande variedade de serviços, tais como piscina, parque de diversões para crianças, parque de estacionamento, ténis, golfe, termas e um Spa de última geração, inaugurado em Maio de 2008, aquando da reabertura do Palace após uma profunda remodelação. Classificado como Monumento de Interesse Público em 2013 (em conjunto com o Chalet das Rosas, Capela da Senhora do Livramento, Piscina Paraíso, garagem e jardins envolventes, na Avenida dos Plátanos).
Categoria: 4 estrelasDepois de se passar o portão ainda é necessário percorrer um longo jardim que separa duas pequenas estradas de terra batida. Uma para quem chega outra para quem está de partida. Mas esta felizmente fica para mais tarde.
À medida que se vai aproximando a grandiosidade do palácio desvenda-se aos poucos e a sua beleza torna-se cada vez mais perceptível. Em cada metro que passa têm-se a sensação de se estar a fazer uma viagem no tempo.
Recuar até ao ano de 1926, na época em que o Palace Hotel da Curia foi inaugurado pela mão do arquitecto Joaquim Norte Júnior, a quem foi oferecida uma viagem à volta do mundo, para ver o que de melhor se fazia naquela altura. Segundo consta foi na América que encontrou a inspiração.
A entrada confirma as melhores expectativas. Um enorme salão, em Arte Nova, conservado ao pormenor. Chão de mármore róseo e branco, cadeiras de palhinha, bonitos candelabros de ferro, suspensos no tecto e portas altas envidraçadas, espalhadas pelos quarto cantos da sala. Todas, sem excepção, escondem uma divisão especial do hotel, com histórias e muitos segredos para desvendar.
A antiga barbearia, a tabacaria e a sala das senhoras, é mesmo este o nome, onde naquela altura as distintas hóspedes que por aqui passavam, se juntavam para falar sabe-se lá do quê. Destaque ainda para o antigo posto de correios da região, que em 1920 funcionava aqui.
Um elevador viajado
É assim o Palace Hotel da Curia, um hotel de charme, carregado de elegância e bom gosto, sem que isso signifique, de forma alguma, exuberância.
Num olhar rápido, de quem acabou de chegar, consegue-se ver do lado direito o bar, e do esquerdo a recepção. Mas é entre é entre ambos os lados, para onde vão, imediatamente, todas as atenções. Para o lendário elevador do hotel, que ainda hoje funciona e que se mantém tal e qual como foi construído, em 1920. Uma verdadeira relíquia em madeira e vidro, com protecções em ferro forjado.
Não espanta por isso que alguns dos hóspedes aproveitem para tirar algumas fotografias. O que a maioria não sabe, é que antes de chegar a Portugal, este elevador, vindo da Alemanha, foi parar por engano à Coreia, pela semelhança com o nome de Curia.
Antes de subir, ainda é necessário passar pela recepção para levantar a chave do quarto. Atrás do balcão em madeira envernizada o mesmo homem que recebe os hóspedes assume agora outras funções. E a companhia só termina à porta do quarto, onde finalmente o senhor está liberto para dar atenção a outros hóspedes que cheguem. Pequenos detalhes, que fazem com que o Palace da Curia mantenha vivas tradições da época em que nasceu.