No convento do Menino de Jesus de Barcelos faziam-se uns pastéis com recheio de abóbora chila batida com gemas de ovos a que chamaram Clarinhas. Hoje são conhecidas como Clarinhas de Fão, freguesia de Esposende onde a sua produção se popularizou.
Dicas para a confecção: Leva-se a abóbora a cozer em lume forte e, quando a casca se separar facilmente da parte fibrosa, escorre-se. Passa-se a abóbora por água fria e separam-se os fios o melhor possível. Escorre-se num pano e pesa-se. Para cada 670 g de chila tomam-se 500 g de açucar. Leva-se o açúcar ao lume com metade do peso em água, raspa de limão e o pau de canela. Deixa-se ferver até obter ponto de pasta. Junta-se chila e deixa-se ferver até a água se evaporar completamente. Retira-se então do luma, deixa-se arrefecer um pouco e adicionam-se as gemas, os 100 g de açucar,a farinha e o sumo de limão, tudo preciamente batido, e mistura-se bem na chila. Leva-se novamente ao lume, tendo o cuidado de mexer sempre até a massa ficar seca mas não em demasia. Retira-se do lume e deixa-se arrefecer numa travessa. Tira-se o pau de canela e corta-se o doce em bocados. Preparação da massa: Mistura-se bem a farinha, a água, a amanteiga, um pouco de sal e sumo de limão. Faz-se um rolo com cerca de 30 cm e corta-se em bocados. Estendem-se esse bocados até obter rodelas fininhas. Colocam-se no centro montinhos do recheio preparado, dobra-se e, com a carretilha, cortam-se os pastéis em forma de meia-lua. Fritam-se em grande fritura, escorrem-se e polvilham-se com açúcar.