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Badoca Safari Park

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Inaugurado em 1999, o Badoca Safari Park é um parque temático, desenvolvido em torno do tema central de África. Possui uma importante e rica colecção animal com espécies africanas (búfalos, gamos, zebras, girafas, entre outros) e possui boas infra-estruturas de apoio, como restaurantes e parques de merendas, inspiradas no continente africano. Diariamente são realizados safaris, com uma hora de duração, onde é possível observar os animais à solta, assim como duas exibições com aves de rapina. Vocacionado para um público infanto-juvenil, existe um parque com grandes esculturas de animais em madeira, e uma aldeia africana, transformada em espaço de divertimento.

Acessos: Deixando a A2 no nó de Grândola / Sines, seguir em direcção a Sines, via IP8 / IC33. O parque fica junto do quilometro 34.
Dia(s) de Encerramento: Não encerra
Horário de Funcionamento: Abertura - 10h00. Último Safari - 18h00. Fecho - 20h00 Aos fins de semana e feríados o parque abre às 10h00, encerra às 18h00. Último safari é as 17h00.
Serviços: Lojas, Restaurante, Café/Bar, Parque de merendas
Período de funcionamento: De Fevereiro a Outubro.
Título: África inteira num só parque
Morada: Herdade da Badoca Apartado 170
Código Postal: 7501 909 VILA NOVA DE SANTO ANDRÉ
Tel: 269708851
E-mail: badoca@badoca.com
Site: www.badoca.com
Distrito: Setúbal
Concelho: Santiago do Cacém
Freguesia: Santo André

Badoca Safari Park – Santiago do Cacém


Há uma quinta no Alentejo com animais selvagens que organiza safaris de jeep no meio da planície. A pouco mais de uma hora de Lisboa, o Badoca Safari Park dá um cheirinho a África. 


N'Dalo Rocha

O motor arranca e uma nuvem de fumo preto surge no ar. O velho Mercedes Unimog, antiga glória do exército português na guerra colonial, avança aos solavancos. As crianças gritam de excitação e as mães um pouco assustadas reclamam do desconforto.

No Badoca Safari Park, o espírito revivalista do safari africano começa logo nos carros onde os motoristas, vestidos de caqui, fazem de guias e contam histórias de animais com piadas à mistura.

O primeiro encontro é com uma família de veados europeus que se confundem por entre o pinhal. Mansinhos, comem o pão da mão dos turistas sem mostrar medo. São tão dóceis que até se lhes pode passar a mão pelo pêlo.

Animais atrevidos que perderam o medo dos turistas é o que não falta por cá. Mesmo o enorme búfalo africano já se habituou às fatias de pão dos estranhos e, desavergonhado, mete a cabeça dentro do jeep.

Mas por aqui também existem verdadeiros selvagens de meter respeito. Exceptuando os tigres, as avestruzes macho são as mais perigosas. Com uma altura superior aos dois metros, intimidam. Atrás de uma vedação até têm um aspecto patusco, mas são muito fortes em corrida, atingindo os 65 quilómetros por hora, e inversamente ao que se supõe, o perigo não vem do bico mas sim das garras. As unhas são autênticas lâminas e uma simples patada equivale ao coice de uma mula, podendo ser mortal na zona do ventre. A agressividade revela-se no período do cio, que dura nove meses por ano. Coisa pouca.

Normalmente, um macho acasala com duas fêmeas em simultâneo e como qualquer papá zeloso, faz a guarda do ninho. Ninguém se aproxima sob pena de ser perseguido. Mas por detrás desta imponência existe um animal guloso que nunca dispensa o pedaço de pão que o motorista lhe oferece e que lhe fica atravessado no meio do fino pescoço. Depois de encher o papo lança um olhar intimidatório para os turistas como quem diz, "toca a circular". E a gente circula.

Mais adiante, o Unimog pára perto de um lago e o guia começa a gritar para umas moitas. “Cilaaa, Jambaaa”. Como num truque de magia, sai a correr disparado do meio do nada um belo casal de zebras da planície. Perto do carro, relincham de alegria ao reencontrarem António, o motorista de serviço. O macho é mais amistoso que a fêmea. Esta mantém-se à distância não permitindo grandes intimidades. Coisa de senhoras.

O jeep arranca e o cenário muda. As moitas e eucaliptos dão lugar a uma savana de vegetação rasteira atravessada por um pequeno riacho. Mesmo sabendo que se está em pleno Alentejo, parece que a paisagem foi decalcada de um filme da National Geographic sobre o Quénia. Antílopes, búfalos, cegonhas e muflons deambulam em pequenos clãs à volta do pasto. Para o quadro ficar completo só faltam as leoas atocaiadas à espera de apanhar alguma presa distraída.

No meio desta fauna toda, subitamente, surge uma paragem imprevista. Os descomunais 700 quilos do Iaque tibetano são um obstáculo difícil de contornar. Com um olhar pachorrento, fita-nos, exibindo duas esferas de ferro na ponta dos cornos, pois de vez em quando gosta de brincar e levantar tudo o que lhe aparece à frente. Porém é pacífico e há quem até lhe faça festas.

2001-06-13
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