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Alentejos - Espaço Evasão

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Conheça o alentejo e o seu habitat pela mão desta empresa que priveligia e cuida do meio ambiente.

Alojamento associado: Monte Cabeço do Ouro
Período de Funcionamento: Todos os dias.
Serviços disponíveis: Bar; Cursos; Actividades para crianças; Aluguer de equipamento; Organização de eventos.
Modalidades: Actividades com cordas, Balonismo, Bicicleta, BTT, Caça Submarina, Canoagem, Escalada, Formação Vivencial, Jogos Tradicionais, Mergulho, Montanhismo, Moto 4, Observação de Aves, Observação de Flora, Observação de Golfinhos, Orientação, Passeios Equestres, Passeios Pedestres, Safaris fotográficos, Tiro com arco, Tiro com Pressão de Ar, Todo-o-Terreno
Morada: Courela dos Daroeiros
Código Postal: 7570 GRÂNDOLA
Tel: 917283088
E-mail: achale@clix.pt
Distrito: Setúbal
Concelho: Grândola
Freguesia: Grândola

A cavalo pelas terras de Grândola


Partir de um monte alentejano rumo à serra de Grândola, nesta altura do ano fresca e cheirosa, vestida de mil tonalidades. A cavalo, porque não? Com paragens para apreciar a paisagem, visitar aldeias brancas de cal e conhecer um artista do barro.


Paula Oliveira Silva

Quem procura as emoções de um passeio a cavalo tem que se acostumar à muito sábia máxima que diz que raramente o melhor do percurso fica perto da estrada principal. Só o facto de ser um passeio 100 % pelo campo serve para desentupir o espírito e deixar de lado preocupações que devem ser reservadas aos dias de semana.

Do Monte do Cabeço do Ouro partimos para um dia inteiro de passeio por entre a fresca vegetação da serra de Grândola, sendo grande parte do percurso coincidente com os Caminhos da Ordem de Santiago. E depois das serranias, terminamos em beleza no aquecido e fofo areal de uma praia do concelho. De início, quase nos perguntamos onde está o desafio, mas depois de algumas horas a tentar dominar o cavalo, a resposta é por demais evidente.

Montados em cima de uma égua, ou noutros casos no espécime masculino luso-árabe, aí vamos nós. Aconselha-se saber antes qual o nome do nosso meio de transporte, para que caso falhe alguma coisa, possamos tratar o problema por “tu”. É o caso de quando se encontra uma zona de relva tenra e fresca. Um manjar dos Deuses para os bichos, mas deixá-los comer até se fartarem não parece ser conselho que se dê, até porque depois fica difícil prosseguir marcha.

As poucas e básicas, mas muito úteis indicações, são dadas logo ao início e agora só temos que as colocar em prática. Nada complicado e, para qualquer eventualidade, o guia acompanha-nos e auxilia-nos no que for preciso.

A serra

O verde aparenta estar muito fresco por culpa das chuvas que este ano foram prodigiosas em visitar-nos, mas também por causa da ribeira que, como agora leva mais água, não passa tão despercebida.

A paisagem, embora sem grandes variações, não deixa de ser aprazível. Sobreiros, azinheiras, oliveiras e arbustos como o rosmaninho, a esteva e o alecrim. Nalguns casos, mesmo sem os vermos, descobrimos a sua existência denunciada pelo aroma. Nesta altura do ano a paleta de cores é bem mais generosa. Várias tonalidades misturam-se com o verde. É o desabrochar da Natureza num caos de cor digno de ser visto. As árvores apresentam-se com formas estranhas, algumas estão mais despidas do que outras. É o caso dos sobreiros, uns com a casca e outros já sem ela. Apresentam uns números que mais parecem código e que correspondem ao ano em que a cortiça foi retirada. E aí vão os nossos fiéis companheiros, a seguir a ribeira de Grândola que corre de uma forma pouco usual para este tipo de curso de água, de sul para norte. É geralmente à sua beira o local escolhido para desfrutar dos prazeres de uma refeição ao ar livre. Um piquenique, há quanto tempo não partia para uma aventura destas?

2003-03-31
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