Amarante teve origem, provavelmente, nos povos primitivos que habitaram a serra da Aboboreira, mas só começou a adquirir importância e visibilidade após a chegada de São Gonçalo (1187-1259), que aqui se fixou depois de peregrinar por Roma e Jerusalém. Já no século XVI, D. João III ordena a construção de um mosteiro dedicado a este santo, sobre uma antiga capela junto ao rio Tâmega, onde segundo a tradição ele terá vivido e foi sepultado. Este é o principal ex-líbris do concelho e merece uma visita atenta pela sua beleza arquitectónica e importância religiosa. A poucos metros do edifício conventual estende-se a Ponte de São Gonçalo, palco de um heróico episódio que defendeu a povoação contra as tropas napoleónicas, valendo à terra o colar da Ordem Militar da Torre e Espada. Estreitamente ligado ao Tâmega e às serras do Marão e da Aboboreira, o concelho de Amarante destaca-se pela beleza das suas paisagens luxuriantes, mas também pelas variantes regionais de alguns estilos arquitectónicos, como o românico, que aqui assumiu importância relevante. Além disso, foi também o berço de inúmeras figuras ilustres do cultura portuguesa, como Teixeira de Pascoaes, Amadeo de Souza-Cardoso - que dá nome a um interessante museu municipal - e Agustina Bessa-Luis. No artesanato local destaca-se o barro negro de Gondar, a cestaria, as rendas e os bordados, enquanto à mesa servem-se bons enchidos, vitela, cabrito e doces de ovos.
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